De Poa
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5 de outubro de 2023
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14:56

De Poa: professores do IPH explicam os riscos de substituir o Muro da Mauá

Por
Luís Gomes
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Gino Gehling (esq.) e Joel Goldenfum foram os convidados desta semana do podcast de Poa | Foto: Reprodução
Gino Gehling (esq.) e Joel Goldenfum foram os convidados desta semana do podcast de Poa | Foto: Reprodução

O episódio desta semana do De Poa, podcast do Sul21 em parceria com a Cubo Play, recebe os professores Joel Goldenfum, diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Gino Gehling, também do IPH. Eles falam sobre o papel que o Muro da Mauá desempenha no sistema de proteção a inundações da Capital e avaliam as discussões a respeito da retirada da estrutura, ponderando as alternativas que existiriam e os seus riscos.

Confira o podcast em vídeo:

O De Poa, parceria do Sul21 com a Cubo Play, é um programa de entrevistas sobre temas que envolvem ou se relacionam com a cidade de Porto Alegre. Todas as quintas-feiras, conversamos com personagens ilustres ou que desenvolvem trabalhos importantes para a cidade. Semanalmente disponível nas plataformas da Cubo Play e do Sul21.

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Confira a seguir alguns trechos da conversa com os professores Joel Goldenfum e Gino Gehling.

Luís Gomes: Como vocês avaliam que o sistema de proteção às cheias, o que inclui o Muro da Mauá, lidou com a inundação do Guaíba na semana passada?

Joel Goldenfum: Eu posso dizer que o sistema de proteção se comportou bastante bem. Ele cumpriu sua função. Talvez seja interessante a gente tentar explicar, nem que seja de uma forma simplificada, o que é esse sistema de proteção. As pessoas falam muito do muro, mas o muro é um pedacinho pequeno. Na verdade, a gente tem 68 km de diques internos e externos. Começa lá na BR-290, a Freeway, segue pela Castelo Branco. Então, o que acontece? O nível que tá a Freeway e a Castelo Branco é a cota seis, que é a mesma cota do topo do muro.

Luís Gomes: Cota seis é a altura de seis metros?

Joel Goldenfum: Seis metros acima de uma referência que é o zero da régua. O Cais do Porto é na cota três, três metros acima, o topo do Muro tá três metros acima do Cais, então dá seis. É a mesma cota de todo esse sistema. Ali na Mauá, não tem espaço para fazer um dique, porque o dique não é simplesmente levantar, tem todo o talude, teria que ter um espaço grande. Então, se fez o que a gente chama de cortina, que é o muro. Essa cortina vai três metros para cima, mas ela vai para baixo no mínimo três metros. Na verdade, quando foi construída, se fez com os três metros para baixo como o mínimo, mas o objetivo era chegar se possível até alguma parte impermeável, até chegar uma rocha, alguma questão impermeável, também para ajudar a reter a água subterrânea, tem todas essas questões. Na realidade, ele é enterrado por questões estruturais, porque se ele ficasse só ali em cima balançando, não aguentaria, e também por questões de ajudar a conter a água. E depois ele segue pela João Goulart, com uma parte do muro ainda, e depois o sistema segue pela Edvaldo Pereira Paiva.

Luís Gomes: Para a gente entender, o dique natural é a elevação da avenida.

Joel Goldenfum: Isso. E isso segue na Diário de Notícias. Então, as pessoas não notam. Esses dias eu tava lá mostrando pra um amigo ‘olha aqui, tá vendo ali a Edvaldo Pereira Paiva, a Beira-Rio, tu já notou que isso é um dique?’. A pessoa: ‘não’. Claro, se tu não é da área, tu não nota. ‘Mas olha aqui, a Edvaldo Pereira Paiva tá lá em cima e, se tu olha em direção ao Guaíba, está descendo, descendo, descendo até o nível da água do Guaíba. E, do outro lado, no parque, a mesma coisa, é mais baixo. Então, ele tá todo alto e esse alto é o nível seis metros. Como é que se chegou nesse nível de seis metros? Foi a cota da enchente de 1941, a cota mais alta registrada que é 4,75 m, e mais uma borda de segurança. Essa borda de segurança está lá por quê? Para garantir, por exemplo, questões de objetos flutuantes, ondulações, o Guaíba facilmente atinge mais de um metro de onda.

Luís Gomes: O que a gente viu no sábado.

Joel Goldenfum: A gente viu no sábado, mas, na verdade, lá no meio é normal. E, além disso, também a questão de incerteza, porque a gente não sabe. Então, tem essa borda até a borda seis. O que tu tens entre o sistema e o Guaíba, principalmente na orla, é uma área propositalmente inundável. Eu já disse uma vez que eu acho que o nome ideal não seria orla do Guaíba, seria orla inundável do Guaíba, para as pessoas entenderem que aquilo é para, quando ocorrer um evento que o Guaíba suba, para algum lugar essa água tem que ir e ela vai então ocupar isso aqui. E o tipo de uso que tá ali, que é uso esportivo, recreativo, não tem problema nenhum. Ele pode conviver com uma cheia. Uma vez terminada a cheia, se faz a limpeza e a recuperação. Em um, dois ou três dias, no máximo, tá tudo pronto para usar de novo.

Confira o podcast em áudio:

Tendo noção desse sistema, ele não é só isso. Além desses 68 km, ele tem 14 comportas, que permite uma passagem de um lado para outro, eventualmente, e ele tem 19 casas de bomba. Por que casas de bomba? Porque nós temos em Porto Alegre desníveis. Tudo que tá acima da cota seis, sete — o Guaíba nunca chegou a tanto –, tem energia para passar direto. Então, ele vai para o que a gente chama de conduto forçado, são condutos sob pressão, que recebem essa água de drenagem e ela vai ser conduzida até o outro lado. E o que tá mais baixo, o que acontece? Ele tem menos energia, às vezes, que o nível do Guaíba, então tem casas de bomba. Essas casas de bomba, elas bombeiam a água que está mais baixa em Porto Alegre do que no Guaíba, se não fizesse isso, a água ficaria presa. Então, é bombeada de Porto Alegre para fora, para dentro do Guaíba, isso tudo tem que funcionar. Essas são as partes móveis. Uma das questões interessantes desse sistema é que ele precisa de pouca, vamos dizer, manutenção. Por exemplo, onde é que são os pontos fracos? São essas comportas e essas casas de bomba.

Fora isso, o sistema é composto de toda a rede de drenagem, são mais de 3.000 km de rede de coleta de água da chuva. São 75.000 pontos de captação de água, as bocas de lobo. São 70 km desses canais e condutos forçados e os diques, 68 km, são diques internos e diques externos. A gente falou dos externos, mas tem os internos. O melhor exemplo para a gente colocar seria a Avenida Ipiranga, aquilo é um dique. Se tu olhar na Ipiranga, às vezes ela tá mais alta que os arredores. Por que isso? Se o Guaíba sobe mais alto do que o Dilúvio, acaba entrando a água do Guaíba no Dilúvio. Se não tivesse o dique do Dilúvio, o que aconteceria? A água entrava por trás e inundava Porto Alegre. Então é só o Dilúvio, tem um monte de outros arroios que fazem parte. Então, no total, esses 68 km envolvem os diques internos e externos.

O que aconteceu de diferente dessa vez e o que aconteceu em 1941? 1941 foi um evento totalmente diferente dos demais. Nós estamos agora na época que os antigos, aos quais eu me enquadro, chamam de cheias de São Miguel. O 29 de setembro é dia de São Miguel. Chove bastante aqui em julho, agosto e setembro, principalmente, e o que que acontece? O terreno fica encharcado, saturado, e qualquer água que entra mais ela não tem capacidade de infiltrar e vai gerando escoamento.

Gino Gehling: Que fatores que contribuem para que nós tenhamos um nível mais elevado ou menos elevado aqui no lago Guaíba? Claro, sempre, com muita propriedade, se coloca que o vento de uma determinada direção faz com que o nível se sobre eleve, ondas ainda se somam. Agora, a bacia hidrográfica deságua aqui no lago Guaíba, ela é ampla e nós temos assim nas cabeceiras, quando ocorre uma chuva intensa numa cabeceira, aquela água vai passar aqui nas ilhas mais do que 48 horas depois. Então, para que a gente faça uma ideia dos fatores que contribuem, nós temos que levar em conta a intensidade da chuva, milímetros por hora. A duração da chuva. As chuvas intensas tendem a durar menos tempo, mas às vezes nós temos regiões em que a chuva continua, variando a intensidade, mais do que 24 ou até 48 horas. Então, intensidade, a duração da chuva e a abrangência. Agora, nós tivemos o quê? Se nós observarmos imagens do nosso Estado, nós víamos que em todo o Estado, não somente na aqui na bacia do Guaíba, estavam ocorrendo chuvas. Então, desta vez, a gente pode dizer que explica, de uma certa forma, o nível que nós tivemos. A intensidade foi elevada em várias regiões, a chuva foi duradoura e foi abrangente, cobriu toda a bacia que contribui aqui para o Delta.

Luís Gomes: Na cheia de 2015, eu lembro que a gente teve vários dias seguidos de chuva, talvez não tão fortes como agora, e dessa vez foi a mesma coisa. A gente teve setembro, o mês mais chuvoso registrado em Porto Alegre. Não foi na primeira chuvarada que o Guaíba subiu, foi uma consequência de todo esse período acumulado. A minha pergunta é, por que nunca mais aconteceu desde 1941? Passa pela questão de ter sido antes da construção do sistema de proteção atual?

Joel Goldenfum: Não, na verdade, não é essa questão. A questão principal é o volume de água. Em 1941, de 10 de abril a 15 de maio, no período de 35 dias, cerca de um mês, a chuva que atingiu também uma área muito extensa, praticamente toda a bacia do Jacuí, são 80.000 km², é um terço da área do estado, praticamente. O que acontece? Deu uma chuva da base de 700 a 900 mm nesses 35 dias. Aqui em Porto Alegre, foi em torno de 700 mm. Nesses 35 dias, teve 22 dias de chuva. Nessa época do ano, em abril e maio, costuma chover em média 100 mm por mês, não 700. E costuma ter de 8 a 10 dias de chuva, não 22 dias de chuva. Então, foi muita água, num tempo relativamente curto, um mês, é um volume muito grande. Para ter uma ideia do que significa um milímetro de chuva, seria como se você tivesse toda a área recoberta de 1 mm. Então, se você fizer a conversão, corresponde a 1 l de água por metro quadrado. Se são 900 mm, são 900 l por metro quadrado. Multiplica isso por toda a área da bacia, tu vai ver um volume de água imenso. E ele vem viajando de várias fontes e vai chegando aqui. Foi um pouco diferente o fenômeno, a época do ano. Todas as grandes cheias que a gente tem registro com dados históricos, 1928, 1936, 1941 não, mas 1967, 2015, 2020 e agora em 2023, são nessa época das água de São Miguel. A 1941 foi abril e maio, foi um outro fenômeno. Os meteorologistas falam que, na verdade, foi um um núcleo de convenção em mesoescala, foi um fenômeno um pouco diferente. De qualquer maneira, foi um volume muito grande.

O que nós tivemos agora, por exemplo, que atingiu o Vale do Taquari-Antas, foi enorme. Foi quase 300 mm, numa área menor, mas em pouco tempo. Aquela foi 900 mm em um mês, essa foi 300 mm em um dia. É menos, é um terço do volume, mas como foi um período de tempo muito menor, a intensidade foi enorme, por isso causou todos esses estragos lá na bacia do Taquari, a desgraça que a gente viu, perda de vidas, em áreas que antes sempre teve inundação, mas não nesse nível e não com essa velocidade. A gente tem inundações que são mais lentas e outras que são mais rápidas, e essas lentas dão tempo para as pessoas evacuarem. As mais rápidas, tem que dar o alerta, as pessoas têm que acreditar no alerta e sair. Às vezes as pessoas não acreditam, às vezes faltou o alerta, mas o problema é o volume de água.

Luís Gomes: Nos últimos anos, a gente tem visto uma série de projetos e empreendimentos para a orla do Guaíba. A inundação que tivemos na semana passada reacende o debate sobre que tipo de construções deveriam ser feitas na orla. Eu queria ouvir como vocês avaliam essa questão?

Gino Gehling: Eu tenho um ponto de vista. Por exemplo, sempre que nós nos propomos, o Estado e o Município no momento se propõem a fazer uma grande obra, ou talvez até alterar uma grande obra já existente e que exigiu um grande investimento, que valores estão em jogo? Com relação a este edital 20/2023 [da Concessão do Cais Mauá], os valores em jogo são dois. Primeiro, segurança. E o segundo, paisagismo. O paisagismo, quem não sonha, ao ter uma casa própria, um apartamento, ter uma linda vista, quem sabe, pro lago Guaíba. Paisagismo é importante? É. A segurança é importante? Sim. Mas as pessoas que, no momento, gozam da segurança, muitas vezes não percebem que estão sendo beneficiadas por ela. Vamos focar especificamente na segurança contra inundações. O muro implantado, ele vem até hoje cumprindo a sua função. Nós temos vídeos e fotos mostrando algumas deficiências com relação a estanqueidade dos portões. Poderia até agregar alguma sugestão com relação a isso. Deficiências com relação ao fechamento, e o poder público não tem culpa nisto, cabos elétricos furtados exigiram o fechamento com uso de retroescavadeiras, isso está documentado aí pela imprensa. Bom, segurança e paisagismo. Tem um edital lançado, a data está estabelecida em dezembro para que interessados apresentem propostas. O valor é em torno de R$ 350 milhões apenas, creio eu, para a adaptação da área intramuros. Não está incluído um sistema de barramento móvel que terá um custo. Eu não tenho nem ideia de qual seja ainda.

Bem, o que eu acho importante nesse momento. Esta é a segunda versão do edital. Eu faço uma reflexão e acho que todos sairiam ganhando se, antes do edital, o poder público fizesse algo a custo zero, um concurso. Eu sou professor da Escola de Engenharia Civil Hídrica e Ambiental e há dois anos também na Arquitetura, eu noto que nós temos, tanto na UFRGS como em instituições particulares de curso superior, nas áreas de Arquitetura e Design, pessoas que têm uma habilidade que eu invejo de conceber graficamente projetos. Então, eu acho que seria desejável, antes deste edital, antes de que apresentem propostas para esse edital, haver um concurso aberto a empresas, aberto ao público interessado, profissionais da Arquitetura, do Design, da Engenharia, e que eles apresentem ideias. O Estado poderia conceder uma premiação aos primeiros colocados ou, talvez, deveria haver uma cláusula numa nova versão do edital para que as empresas que quiserem participar aprovisionem uma pequena quantia, irrisória, para premiação dos três ou cinco primeiros colocados. O que ganharia o poder público? Quem sabe uma versão otimizada do que estamos pensando. O que ganhariam as empresas? Talvez, destas ideias apresentadas no concurso, surgisse uma luz para algo que ninguém ainda pensou.

Bom, eu estava tentando imaginar que novidades poderiam surgir. Eu fiz aqui uma relação de quatro, inclusive algumas óbvias que já estão sendo descartadas. Uma possibilidade de apresentação de uma ideia, a arquibancada tão comentada.

Luís Gomes: Que está no projeto de referência apresentado pelo governo do Estado.

Gino Gehling: Essa arquibancada teria uma cota de coroamento de 4,26 m.

Luís Gomes: Mas, só para explicar, professor. Ela tem 1,26 m, depois ela sobe mais, não é?

Gino Gehling: Sim, três metros é a cota do muro do Cais, então ela subiria 1,26 m. É o que nós vamos enxergar acima do terreno.

Luís Gomes: Em caso de inundação, ela sobe mais ainda.

Gino Gehling: É, aí seriam elementos que sobem e descem. Nós temos vídeos muito bem feitos mostrando como que funcionam sistema similares já existentes. Agora, um cuidado a ser tido ao orçar-se uma obra desta natureza, sistema elevadiço e que desce quando não há mais necessidade, praticamente todos têm o que se chama direito autoral. Ou seja, além do investimento necessário para a construção, é necessário adquirir o direito autoral existente. Convém saber o custo. Outra alternativa seria fazer um chamado arrasamento no muro atual para que ele ficasse com 1,26 m ou 1,30 m acima do Cais do Porto, isso daria ao transeunte vista do lago. O ganho que se teria é que nós não investiríamos na arquibancada, investiríamos no arrasamento do muro a uma cota, uma altura que permitisse a visualização.

Luís Gomes: Arrasamento, só para traduzir, é cortar parte do muro.

Gino Gehling: Isso. Então, deveria ver uma barreira móvel que se elevasse 3 m acima do terreno. Ou seja, o nível do muro hoje existente.

Luís Gomes: Cortaria o muro em 1,26 e teria uma outra estrutura que poderia subir a 3 m?

Gino Gehling: Sim, esta já bastante comentada, sistemas que são levadiços ou, ninguém comentou, também podem ser, articulados. Uma terceira alternativa, manter o muro tal como está. Nada vamos agregar a ele, quem sabe fazer a arquibancada para proteger o que está extramuros. Agora, uma quarta alternativa que eu vejo com uma que teria muita receptividade por parte de profissionais do Design e da Arquitetura, de estudantes, seria o seguinte. Vamos manter o muro tal como ele está e agregar algo.

Luís Gomes: Só tirar o muro é impensável?

Gino Gehling: Eu acho que isso é o menos indicado, é o menos indicado.


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