Saúde
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14 de fevereiro de 2023
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14:46

Comissão da Câmara debate problemas no ar condicionado do HPS

Por
Luís Gomes
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Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre (Foto: Cristine Rochol/PMPA)
Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Porto Alegre (Cosmam) debateu na manhã desta terça-feira (14) os problemas estruturais apresentados pelo Hospital de Pronto Socorro (HPS), com foco especial na central de ar condicionado. Em janeiro, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) denunciou que o sistema de resfriamento do HPS vinha apresentando problemas recorrentes, o que fez com que alguns andares registrassem temperaturas elevadas, acima dos 35ºC e próximas dos 40ºC, em meio à onda de calor registrada na Capital.

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Proponente da audiência, a vereadora Cláudia Araújo (PSD) afirmou que recebeu pedido de ajuda da família de um paciente internado na UTI, que reclamou que o ar condicionado do local não estava funcionando. Segundo a vereadora, o objetivo da reunião desta terça era ouvir as explicações da direção do HPS sobre o problema, mas também sobre as necessidades gerais da instituição. “Sabemos que as demandas são grandes, mas o HPS é porta de entrada para todo tipo de trauma e por isso precisa de um olhar diferenciado de órgãos estaduais e federais”, disse.

Representante da Secretaria Municipal de Saúde na audiência, César Sulzbach afirmou que o problema do ar condicionado na UTI foi um caso isolado e rapidamente resolvido. “Houve uma situação que fugiu ao controle do município, pois a empresa de manutenção escolhida para cuidar dos equipamentos desistiu dois dias antes da assinatura do contrato, o que obrigou a Prefeitura a fazer uma contratação emergencial para conserto do ar condicionado.” Reconheceu que é preciso uma solução definitiva para o problema e informou que o HPS encomendou um parecer técnico sobre a climatização que deve ficar pronto até o final de fevereiro.

No entanto, a presidente da Associação dos Servidores do HPS, Marilia Iglesias pontuou que, em dezembro, o hospital ficou sem ar condicionado por três semanas. Além disso, afirmou que a central reserva do ar condicionado não funciona adequadamente porque está obsoleta. “E é preciso esclarecer que o ar condicionado, num ambiente hospitalar, vai além do conforto. O ar atua na filtragem do ar e no controle da umidade, reduzindo riscos de infecção hospitalar.”

O diretor-geral interino do HPS, médico Ronei Anzolch, informou que, em 2022, foram realizados investimentos de R$ 12 milhões, que possibilitaram a reforma da UTI pediátrica e a construção da enfermaria pediátrica, além da aquisição de novos equipamentos hospitalares.

Segundo ele, as principais demandas da instituição hoje incluem reforma da UTI do 3° pavimento, reforma do Centro Cirúrgico, aquisição de um tomógrafo, de uma torre de vídeo para laparoscopia, de um carro de anestesia, reforma da fachada do hospital e modernização do sistema de climatização. “Estas e outras demandas do HPS exigem um investimento extra de R$ 28,5 milhões. Apenas para adquirir um tomógrafo, por exemplo, são necessários R$ 3 milhões.”

O vereador José Freitas (Republicanos), que presidiu a audiência, destacou que está sendo feita uma articulação junto à bancada federal do Rio Grande do Sul para que emendas parlamentares sejam destinadas ao hospital. “É preciso abraçar o HPS”, disse.

*Com informações da CMPA.


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