O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) denúncia que, desde a última quinta-feira (25), o sistema de resfriamento do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS) vem apresentando uma série de problemas, o que faz com que alguns andares venham apresentando temperaturas elevadas, acima dos 35º e próximas dos 40º, em meio à onda de calor registrada na Capital nas últimas semanas.
De acordo com o sindicato, o problema se iniciou na UTI de trauma, localizada no 3º andar do hospital, na quinta-feira. Na ocasião, uma medição feita por representantes da Associação dos Servidores do Hospital Pronto Socorro (ASHPS) no local indicou a temperatura de 37º. No dia seguinte (26), a associação convocou o Simpa para realizar uma vistoria da situação no local. As entidades apontam que, após ser acionada, a administração do HPS se comprometeu a efetuar o conserto no ar condicionado central até o sábado (27).
Por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a direção do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre confirmou a ocorrência de problemas no ar condicionado central que atende alguns ambientes da instituições, mas informa que o problema já teria sido resolvido.
De acordo com nota da direção, o equipamento é antigo e sofre com problemas pontuais por queima de peças. “Este já foi relatado pelo próprio hospital em nota em 14 dezembro. Todas as medidas foram tomadas para o conserto de forma emergencial. O HPS conta com dois equipamentos e um deles (o que atende o 2⁰ andar) foi que apresentou problemas. O equipamento é antigo, por isso a aquisição de peças pode levar umas horas a mais. A instituição estuda soluções de aquisição ou aluguel de equipamentos mais modernos. No entanto, de forma que tudo isso necessita ser realizado e planejado para o hospital seguir funcionando mantendo o atendimento a população”, diz a nota.
No entanto, a ASHPS e o Simpa alegam que o problema não foi totalmente resolvido. Segundo a servidora Marília Iglesias, que é presidente da AHSPS e diretora do Simpa, outros setores do hospital continuavam a apresentar problemas no domingo (29) e na segunda-feira (30), como a Central de Material Esterilizado (CME) e a farmácia.
“Importante salientar que este é um problema crônico e recorrente visto que o sistema de ar condicionado central do HPS é velho e inadequado. E não existe ar condicionado reserva. Essa situação põe em risco o atendimento de pacientes, além de submeter os servidores a condições de trabalho insuportáveis. O problema vem sendo denunciado há anos pelos trabalhadores do HPS. Nos últimos dias, mais uma vez a situação ficou insustentável, com pacientes, familiares e profissionais da área da saúde sofrendo as consequências da falta de iniciativas da Prefeitura. Uma situação extremamente grave e que demonstra a contradição do governo do prefeito Sebastião Melo, que recentemente anunciou superávit nas contas públicas, enquanto a população e os trabalhadores convivem com a precariedade das estruturas e dos serviços públicos do município”, diz nota da entidade.
