Geral
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26 de abril de 2024
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14:12

Quatro feridos em incêndio na pousada Garoa estão em estado grave

Por
Bettina Gehm
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Estabelecimento não tinha alvará para funcionar como pousada e também não tinha Plano de Proteção contra Incêndio (PPCI). Foto: Isabelle Rieger/Sul21
Estabelecimento não tinha alvará para funcionar como pousada e também não tinha Plano de Proteção contra Incêndio (PPCI). Foto: Isabelle Rieger/Sul21

Treze pessoas ficaram feridas no incêndio que atingiu a pousada Garoa na madrugada desta sexta-feira (26). No Hospital de Pronto Socorro (HPS), estão cinco pacientes (1 mulher e 5 homens, entre 25 e 48 anos). Destes, quatro estão em estado grave: três entubados e um em observação após cirurgia realizada com êxito. À tarde, mais cinco pessoas buscaram atendimento após inalar fumaça e relataram sintomas como tosse e falta de ar. Estão todos estáveis, em atendimento e observação.

Já no Hospital Cristo Redentor (HCR) estão três pacientes: um com 20% do corpo queimado, um com ferimento no tornozelo e um que estava internado no HPS (com ferimentos por queimadura) e foi transferido à instituição. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), um paciente que teria sido deslocado via Corpo de Bombeiros não deu entrada no HCR.

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A pousada Garoa fica na Avenida Farrapos, entre as ruas Garibaldi e Doutor Barros Cassal, e hospedava pessoas em situação de vulnerabilidade. O incêndio deixou dez mortos. Segundo o Corpo de Bombeiros, o estabelecimento não tinha alvará para funcionar como pousada e também não tinha Plano de Proteção contra Incêndio (PPCI).

O fogo teve início durante a madrugada e, por volta das 4h, estava controlado. Ainda de acordo com os Bombeiros, duas vítimas foram encontradas no andar térreo, cinco no segundo andar e três no terceiro andar. A investigação das causas do incêndio está sendo conduzida pelo delegado Daniel Ordahi, da 17ª Delegacia de Polícia.

A Prefeitura de Porto Alegre tinha um contrato com o estabelecimento, que foi prorrogado por mais 12 meses em dezembro de 2023 ao custo de R$ 225.448,33 mensais aos cofres públicos, totalizando R$ 2,7 milhões por ano. Por volta das 8h30, o prefeito Sebastião Melo (MDB) esteve no local da tragédia e disse que o contrato com a pousada poderá ser cancelado. Melo disse ainda que a pousada, na ocasião da licitação, apresentou todos os documentos exigidos, mas que entre “o papel e a realidade”, há diferenças. “Provavelmente caminhe na decisão de romper com eles”, afirmou.


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