Em nota divulgada nesta terça-feira (31), a Executiva Municipal do PT em Porto Alegre comunicou que decidiu acatar o pedido de impugnação da filiação de Marcelo Sgarbossa. Segundo suplente nas eleições para a Câmara de Vereadores em 2020, Sgarbossa trocou o PT pelo PV em 2022 e decidiu retornar ao Partido dos Trabalhadores no início deste ano.
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Com a eleição para a Assembleia Legislativa de Laura Sito e Leonel Radde, eleitos vereadores em 2020, Sgarbossa se prepara para assumir uma vaga na Câmara nesta quarta-feira (1º). A outra cadeira será assumida pelo terceiro suplente do PT, Engenheiro Comassetto, uma vez que a primeira suplente, Reginete Bispo, abdicou do direito ao assumir vaga na Câmara dos Deputados no lugar de Paulo Pimenta, nomeado ministro da Secretaria de Comunicação Social.
De acordo com a nota da Executiva, o pedido de impugnação foi formalizado pelos filiados Everton Gimenis e Adeli Sell, que ficou na quarta suplência e assumiria uma cadeira na Câmara no caso de a Justiça Eleitoral entender que a cadeira pertence ao partido, e não ao suplente.
“A decisão da executiva pelo acatamento do pedido de impugnação leva em conta as alegações contidas pelos requerentes acerca do rompimento do compromisso de fidelidade partidária. Ao acatar o pedido de impugnação impetrado pelos filiados já citados, oficializamos, desde já, a recusa ao pedido de filiação ao Partido dos Trabalhadores por parte de Marcelo Sgarbossa. Outrossim, lembramos de que o entendimento da Justiça Eleitoral é, desde a muito, que o mandato parlamentar pertence ao partido e não ao candidato”, diz a nota.
Procurado pela reportagem, Sgarbossa afirmou que “não lhe foi dado ciência da impugnação de seu pedido de filiação”.
Em postagem no Instagram, o vereador disse que a sua ida ao PV foi combinada com o PT para “ajudar a trazer o Partido Verde para a Federação e viabilizar o apoio ao então do pré-candidato Edegar Pretto, ajudando o PT a sair do isolamento que estava em fevereiro de 2022”.
A postagem é acompanhada de um vídeo que traz falas de integrantes do PT, incluindo Edegar Pretto, durante a cerimônia de filiação de Sgarbossa ao PV em 2022. Sgarbossa diz que considera que sua missão já foi cumprida e que decidiu voltar ao PT em respeito os votos de seus eleitores em 2020, que votaram nele como petista e por entender que o mandato é do partido.
“Me filiei ao PT em junho de 2005, meu único partido, quando estourou o “mensalão”. Sai do PT para ajudar o Edegar num momento em que as pesquisas davam vitória ao Lula no primeiro turno”, disse.
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Segundo a direção municipal do PT, Sgarbossa ainda pode encaminhar recurso contra a impugnação à Executiva Estadual do partido.
