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12 de abril de 2024
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14:49

Atrasada, obra no Viaduto Otávio Rocha será realizada também durante a madrugada

Por
Sul 21
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Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21

As obras no Viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico, serão realizadas também à noite, das 20h às 5h, para acelerar a conclusão e não afetar o trânsito. Apenas uma via será fechada e outras três ficam abertas, segundo informou a Prefeitura nesta sexta-feira (12). Inicialmente, a previsão era entregar o lado direito do viaduto em dezembro do ano passado. O prazo para a conclusão geral era de 18 meses, ou seja, maio de 2024.

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Até agora, nenhum dos lados foi concluído. Atualmente, a equipe está trabalhando dentro das lojas e no revestimento da calçada da escadaria no lado ímpar. No lado par, está sendo finalizado o cirex e contrapiso da calçada da parte inferior. Os revestimentos das calçadas superiores estão concluídos. O investimento é R$17,27 milhões. A princípio, a Prefeitura havia estipulado um valor máximo de R$ 13,7 milhões para a obra.

“Essa é uma importante etapa da requalificação do viaduto, que acelera a conclusão e mitiga o impacto na mobilidade. Pedimos a compreensão dos moradores do entorno, pois é um transtorno provisório para um benefício permanente. As obras são necessárias do ponto de vista estrutural, estético e de qualificação do espaço’’, ressalta o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores.

 

Tapumes cobrem o viaduto. Foto: Luiza Castro/Sul21

Mais conhecida como Viaduto da Borges, a construção que data de 1932 abrigava, até o início da reforma, comércios tradicionais do centro da cidade. Agora, os comerciantes não sabem se voltam ao Viaduto.

“Nós já tínhamos a noção de que o governo iria passar [o Viaduto] para a iniciativa privada, apesar de termos proposto uma administração compartilhada”, disse em entrevista recente ao Sul21 Adacir Flores, que preside a Associação Representativa e Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha (Arccov). A entidade queria administrar o espaço junto com mais duas partes: a Prefeitura e a sociedade civil. “Mas eles conseguiram desestabilizar, desmobilizar todo o pessoal que estava no Viaduto”, diz o comerciante, que operou um sebo por mais de três décadas no local. Adacir agora vende seus produtos em uma banca no Mercado Público, para onde foi realocado, assim como outros lojistas.

A Prefeitura contratou a empresa São Paulo Parcerias, por R$ 1,69 milhão, para fazer os estudos de concessão do Viaduto à iniciativa privada. A Secretária de Parcerias, Ana Pellini, disse à GZH que os trabalhos serão desempenhados ao longo de dois anos e, depois disso, a gestão municipal vai escolher a empresa que ficará responsável pelo espaço. A concessionária poderá ser remunerada com o uso das lojinhas, com espaços para publicidade e realização de eventos. O estudo da empresa contratada é que vai decidir uma alternativa.


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