Geral
|
15 de março de 2024
|
08:18

Marcha do 8M em Porto Alegre relembra assassinato de Marielle Franco

Por
Bettina Gehm
[email protected]
Marcha 8M. Foto: Luiza Castro/Sul21
Marcha 8M. Foto: Luiza Castro/Sul21

O ato em alusão ao Dia Internacional da Mulher, também conhecido como 8M, reuniu milhares de pessoas na Esquina Democrática (Centro de Porto Alegre) na tarde desta quinta-feira (14). Adiada em função dos alagamentos na última semana, a manifestação marcou os seis anos do assassinato da vereadora Marielle Franco, morta nesta data em 2018.

Leia mais:
Sob pressão conservadora, direitos das mulheres avançam devagar em Porto Alegre

“Marielle é uma das mulheres que unifica a luta feminista”, pontuou a deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB). “Ela faz com que mulheres pretas e mulheres brancas, com seus diversos feminismos, se encontrem para exigir que parem de nos matar. A gente hoje se encontra mais uma vez para exigir desse estado – que é o quarto estado que mais mata as mulheres – que tenha uma secretaria estadual de política para as mulheres”. Bruna se refere a um dado de 2020, quando 78 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado. Em 2023, o número subiu para 87 mulheres mortas.

Além do fim da violência contra a mulher, os manifestantes reivindicaram a igualdade de salários, creches em tempo integral e demais políticas públicas que garantam a emancipação feminina. Também foi destaque a reivindicação pelo fim do genocídio na Faixa de Gaza.

“O nosso país é um dos mais avançados no que trata de legislação, só que está na lei, não está nas nossas vidas”, disse Fabiane Dutra, que preside a União Brasileira de Mulheres do Rio Grande do Sul. “Nós precisamos de todos os direitos garantidos. Para garanti-los, nós precisamos ocupar a política, seja nas associações de moradores, nos diretoras acadêmicos, nós precisamos exercer a nossa cidadania”.

A professora Juliana de Souza, do coletivo MultipliCidade, denunciou o desmonte das políticas públicas e da rede de proteção das mulheres vítimas de violência em Porto Alegre. “No ano passado, três mulheres perderam a vida [em Porto Alegre] pelo poder do patriarcado sobre os nossos corpos. Nós precisamos afirmar uma agenda feminista para a nossa cidade. Nós precisamos que as mulheres estejam nos espaços de poder. Porque é nas nossas casas que a gente sente quando a fila do posto não avança, quando a gente espera consulta para o especialista, para as nossas famílias, quando a assistência social não chega, quando a educação não é de qualidade, somos nós que devemos construir um outro projeto para a nossa cidade”, destacou.

Após a concentração na Esquina Democrática, o ato seguiu em marcha pela Avenida Borges de Medeiros e terminou no Largo Zumbi dos Palmares.

Confira mais fotos:

Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
 Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
 Foto: Luiza Castro/Sul21

Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora