Educação
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14 de julho de 2023
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18:24

Em Assembleia Geral, Cpers decide voltar a ser filiado à Central Única dos Trabalhadores

Por
Duda Romagna
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Sindicato realizou assembleia na tarde desta sexta (14) no Pepsi on Stage. Foto: Luiza Castro/Sul21
Sindicato realizou assembleia na tarde desta sexta (14) no Pepsi on Stage. Foto: Luiza Castro/Sul21

Na tarde desta sexta-feira (14), cerca de 800 professores e funcionários de escolas da rede estadual de ensino participaram de uma Assembleia Geral Extraordinária do Cpers Sindicato, no Pepsi On Stage, em Porto Alegre. As pautas discutidas foram, principalmente, a mobilização pelo reajuste salarial e também a filiação da entidade a uma central sindical. Em votação, os membros escolheram, com 462 votos, a filiação à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, celebrou a votação. “Nossa grande dificuldade era a articulação nacional, as nossas faltas principais são nacionais, o Novo Ensino Médio, a Reforma da Previdência. Nós temos essas políticas nacionais que farão a diferença junto com outros trabalhadores articulados pela CUT e com muito mais força. Então estamos felizes, é um passo para nós podermos ter mais vitórias”, disse.

 

Helenir celebrou a votação. Foto: Luiza Castro/Sul21

A categoria também deliberou sobre a situação dos professores e funcionários contratados que não possuem segurança em seus cargos e lutam contra a exoneração. Ainda nesta semana, o sindicato denunciou que a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) encaminhou às escolas e coordenadorias regionais um ofício solicitando a dispensa de professores em licença-saúde que possuem contrato temporário.

Leia também: Seduc orienta demissão de professores contratados em licença-saúde, denuncia Cpers

“Nós queremos também que não sejam exonerados os professores que têm 20 horas de contrato emergencial e estão sendo pressionados a assumir 40. Quem está na escola particular com 20 horas ganha muito mais do que a gente ganha no estado com 20 horas, quem está na prefeitura a mesma coisa. Mais que isso, temos ainda escolas do estado em que falta professores, então a gente não consegue entender a exoneração”, disse a presidente.

Para Fábio Pereira, do Comitê Estadual dos Educadores Contratados do RS, é necessária uma articulação dos contratados para mobilizar a categoria contra as exonerações. “Temos que construir a luta para a renovação dos contratos no final do ano, construir essa luta organizada. Nós temos o encontro estadual dos funcionários de escola, o encontro estadual dos aposentados e nós pedimos o encontro dos contratados, pelo enfrentamento à precarização do trabalho e à perseguição a esses trabalhadores. Com consciência de classe, todos nós, tanto nomeados como contratados, a nossa categoria, devemos nos unir para combater todos os ataques dos governos que se apresentam”, disse.

A categoria discutiu ainda propostas de mobilização que serão pensadas até a próxima reunião do Conselho Geral da entidade, marcada para o dia 18 de agosto, para que um ato seja convocado ainda no próximo mês. Entre as propostas estão o fortalecimento da Frente dos Servidores Públicos, a defesa do salário mínimo regional de 15,42% (o mesmo percentual defendido na Assembleia Geral de março deste ano) e exigir que a Seduc realize uma audiência pública sobre a ameaça aos contratados.

 

Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
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