Da Redação
Os protestos de estudantes e professores chilenos resultou em 40 pessoas feridas e cerca de 60 prisões nesta quinta-feira (14). Há cerca de um mês o governo do Chile enfrenta protestos, e o presidente Sebastián Piñera obteve reprovação histórica em uma pesquisa de opinião pública.
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Nesta sexta, trabalhadores do setor da mineração se somaram aos estudantes e decretaram paralisação geral contra as privatizações no setor. A paralisação atinge a estatal chilena Codelco, maior produtora mundial de cobre. De acordo com os grevistas, o objetivo é dar uma advertência ao governo em virtude de especulações de que o setor possa ser privatizado. O sindicato dos mineradores é o mais forte do país e não paralisava há 18 anos.
Neste contexto de crise, uma pesquisa de opinião apontou que 60% dos entrevistados desaprovam a gestão do presidente Sebástian Piñera, o pior índice desde a redemocratização do país. Nesta quinta, o instituto de pesquisa Adimark divulgou pesquisa segundo a qual 60% dos entrevistados desaprova a gestão de Piñera e somente 31% o apoia, na pior avaliação de um presidente desde a redemocratização, em março de 1990.
“Piñera tem níveis de desaprovação mais altos que o próprio Pinochet. Chegamos a um nível brutal: Pinochet era mais popular que Piñera”, disse o presidente do partido socialista, Osvaldo Andrade.
A mobilização dos mineiros coincide com a comemoração do aniversário de 40 anos desde de que o presidente Salvador Allende nacionalizou as minas de cobre em 1971. Cada dia que a Codelco paralisa representa um prejuízo de US$ 41 milhões aos cofres públicos já que o cobre é o principal produto de exportação do país.
Com informações da Agência Brasil e do El País