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14 de fevereiro de 2021
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13:45

Com briga pelo 2º lugar, Equador vai fazer recontagem parcial de votos

Por
Sul 21
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Com briga pelo 2º lugar, Equador vai fazer recontagem parcial de votos
Com briga pelo 2º lugar, Equador vai fazer recontagem parcial de votos
Guillermo Lasso e Yaku Pérez disputam a vaga no segundo turno contra o candidato Andrés Arauz. Imagem: Prensa Latina

Do Opera Mundi

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador decidiu na noite desta sexta-feira (12), em acordo com os candidatos Guillermo Lasso e Yaku Pérez, fazer uma recontagem de 50% dos votos de em 16 de 24 províncias e de 100% dos sufrágios na província de Guayas, onde fica Guayaquil, a maior cidade do país.

De acordo com a presidente do órgão, Diana Adamant, quando o processo de revisão terminar, os resultados serão considerados definitivos. A reapuração será transmitida ao vivo pelos canais do CNE.

A Organização dos Estados Americanos (OEA), que, em 2019, ajudou a chancelar um golpe de Estado na Bolívia ao falar de fraude no pleito que havia reelegido o então presidente Evo Morales – acusação depois desmontada por estudos internacionais – participou da costura do acordo com o CNE.

Lasso e Pérez brigam pelo segundo lugar na apuração e, consequentemente, pelo direito de enfrentar o correísta Andrés Arauz no segundo turno, previsto para 11 de abril. No começo da semana, Pérez liderava a apuração, mas, na quarta-feira, o “banqueiro” Lasso virou e começou a abrir vantagem, se consolidando como o candidato que deve ir à próxima rodada de votação.

Acusações de fraude no Equador

Com a virada, as acusações de fraude (sem provas) por parte do candidato indígena Pérez se intensificaram. “A democracia está ferida, hoje se consumou a fraude [acusação da qual Pérez não apresentou provas]. Tudo foi um vil engano. Estamos diante de um teatro de mal gosto, uma caricatura de democracia”, disse na quinta (11), segundo o jornal El Telégrafo. Ele chegou a convocar uma “marcha pacífica” em protesto.

Pérez havia pedido inicialmente recontagem de votos em seis províncias, incluindo aquelas onde ficam as cidades de Quito e Guayaquil. No dia seguinte, mudou de ideia e pediu recontagem geral dos votos. O CNE, por sua vez, chegou a dizer que apoiava uma recontagem.

O direitista Lasso, no entanto, se disse contra uma recontagem nacional. Segundo ele, uma possível reapuração nas 24 províncias do país poderia “beneficiar Andrés Arauz”, além de ultrapassar os dias estipulados para a publicação do resultado oficial.

Lasso e Pérez, então, se reuniram com o CNE na manhã desta sexta e costuraram o acordo de recontagem parcial. O encontro – para o qual Arauz não foi convidado – foi marcado pela tensão e troca de acusações entre os dois candidatos.


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