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25 de fevereiro de 2021
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17:14

Melo defende cogestão, comércio aberto e apela para que população não vá à orla do Guaíba

Por
Sul 21
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Melo defende cogestão, comércio aberto e apela para que população não vá à orla do Guaíba
Melo defende cogestão, comércio aberto e apela para que população não vá à orla do Guaíba
Medidas anunciadas pela Prefeitura não afetam o comércio de Porto Alegre. Foto: Luiza Castro/Sul21

Luciano Velleda

O Prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), anunciou, no início da tarde desta quinta-feira (25), novas medidas para tentar conter o crescente avanço da contaminação do novo coronavírus na cidade. A Capital enfrenta o pior momento de toda a crise sanitária, com UTIs batendo recordes de lotação, dezenas de pessoas contaminadas à espera de vagas e as Unidades de Pronto Atendimentos superlotadas.

A primeira medida anunciada foi a garantia de que a Prefeitura pagará os custos dos novos leitos de UTI que forem abertos. Melo pediu que os hospitais da rede pública e privada façam a ampliação que for possível.

Outra decisão é a proibição de andar em pé no transporte público a partir desta sexta-feira (26) e a ampliação de veículos durante os horários de pico. Nesse aspecto, Melo disse que ainda se reunirá com setores econômicos da cidade para avaliar a possibilidade de horários diferenciados de entrada e saída dos trabalhadores.

Os espaços culturais da Prefeitura serão fechados e os funcionários públicos em atividade não essencial atuarão em casa, sem precisar se deslocar até o local de trabalho.

Melo fez um apelo para que os porto-alegrenses não ocupem os espaços públicos como praças, parques e a orla do Guaíba. O prefeito alertou que ainda não determinará o fechamento da orla, mas afirmou que tomará essa atitude se o apelo não for atendido pela população.

Nenhuma medida com relação a restrição ou fechamento de atividade econômicas foi anunciada. Nesse sentido, o prefeito ainda fez um pedido ao governador Eduardo Leite (PSDB) para que reveja a restrição no horário dos supermercados. Uma medida que, segundo Melo, não está sendo benéfica.

O prefeito ainda afirmou que as equipes da Prefeitura irão intensificar a fiscalização no comércio e atuar para conscientizar os empresários e donos de estabelecimentos para que cumpram os protocolos sanitários. Melo disse que o cumprimento dos protocolos precisa ocorrer para não se chegar ao ponto de precisar fechar o comércio, e afirmou estar dispostos a adotar outras restrições para evitar afetar a economia.

Por fim, o prefeito fez uma defesa enfática da cogestão, modelo que tem sido amplamente criticado por médicos e especialistas em saúde por flexibilizar as medidas de prevenção. “Nós acreditamos na cogestão, a cogestão é dividir responsabilidades, dividir com os prefeitos que têm tanta responsabilidade quanto o governador. Inclusive para que se possa fazer mais restrições de outras atividades, mas preservando a economia”, afirmou, também enfatizando a necessidade dos prefeitos da região metropolitana atuarem em conjunto.


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