Política
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24 de julho de 2023
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12:29

Ato em defesa de deputadas ameaçadas de cassação reúne cerca de 800 pessoas

Por
Sul 21
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Ato ocorreu no Armazém do Campo, em Porto Alegre (Foto: Rebeca Meyer/Divulgação)
Ato ocorreu no Armazém do Campo, em Porto Alegre (Foto: Rebeca Meyer/Divulgação)

Um ato público realizado no sábado (22), em Porto Alegre, em defesa das seis deputadas federais ameaçadas de cassação na Câmara dos Deputados e do MST, reuniu cerca de 800 pessoas a partir do meio-dia e ao longo da tarde, entre almoço, ato político e manifestações artísticas. Parlamentares e figuras públicas de diversos partidos de esquerda estiveram presentes, além de sindicalistas, ativistas, lideranças da juventude, lideranças populares, intelectuais e artistas. A manifestação ocorreu no Armazém do Campo, na Cidade Baixa.

Convocado pelo mandato da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e pelo MST, o ato contou com a presença do ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, do ex-prefeito de Porto Alegre, Raul Pont, da presidente do PSOL RS e deputada estadual, Luciana Genro, dos deputados e deputadas federais Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Célia Xakriabá, (PSOL-MG), Maria do Rosário (PT-RS), Orlando Silva (PCdoB-SP), Reginete Bispo (PT-RS), da dirigente nacional do MST, Salete Carollo, dos deputados estaduais Adão Pretto (PT) e Bruna Rodrigues (PCdoB), dos vereadores do PSOL Pedro Ruas, Karen Santos, Jurandir Silva (Pelotas) e Fernanda Miranda (Pelotas), entre outras lideranças políticas.

O ato público foi realizado em apoio às seis deputadas federais ameaçadas de cassação na Câmara dos Deputados, Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Célia Xakriabá (PSOL-MG), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Érica Kokay (PT-DF) e Juliana Cardoso (PT-SP), e em apoio ao MST, diante da CPI que tramita na Câmara e tenta criminalizar o movimento.

“O ato em Porto Alegre foi importantíssimo e muito representativo de movimentos sociais e populares e de figuras públicas para enfrentar o processo machista do PL de Bolsonaro de cassação das deputadas que, como eu, enfrentaram o PL do Marco Temporal, além de denunciar a CPI da farsa contra o MST. É escandaloso que enquanto os pedidos de cassação contra parlamentares que fizeram apologia ao ato golpista de 8 de janeiro estão na gaveta de Lira, os processos contra nós andam a toque de caixa”, afirmou Fernanda Melchionna.

“Devemos combater o discurso de ódio e de violência contra as mulheres, pois essa disputa atinge muito mais que só as companheiras, é uma violência interna e misógina. Esse espaço de perseguição é também contra a política, contra a luta por moradia, por escola e por saúde. O MST se solidariza com as companheiras e se coloca à disposição da defesa de seus mandatos, pois todas foram eleitas legitimamente para estarem nesse espaço, e, se depender do MST, permanecerão. Quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede”, destacou por sua vez Maurício Romam, da direção nacional do MST.


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