Geral
|
5 de março de 2024
|
18:53

Governo federal anuncia retirada da Trensurb do plano de desestatização

Por
Bettina Gehm
[email protected]
Estudo avalia ampliação do serviço da Trensurb para alvorada. Atualmente, existe apenas uma linha que liga Porto Alegre a Novo Hamburgo. Foto:
Alexandre Giesbrecht (Wikipedia/Creative Commons 3.0)
Estudo avalia ampliação do serviço da Trensurb para alvorada. Atualmente, existe apenas uma linha que liga Porto Alegre a Novo Hamburgo. Foto: Alexandre Giesbrecht (Wikipedia/Creative Commons 3.0)

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (5), que a Trensurb estará fora do Plano Nacional de Desestatização (PND). O diretor-presidente da estatal, Fernando Marroni, deu a notícia em sua rede social após uma reunião com o Secretário Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil, Marcus Cavalcanti.

Conforme Marroni, está em curso no BNDES um estudo para ampliar o serviço da Trensurb até a cidade de Alvorada, a 24 km de Porto Alegre. Atualmente, o transporte opera em apenas uma linha que liga a Capital a Novo Hamburgo. “O tema da integração tarifária também está sendo estudado pelo BNDES. Tão logo sejam concluídos esses estudos, a Trensurb estará fora do PND e terá os instrumentos para fazer a sua expansão”, afirmou.

 

O Sindimetrô RS também se manifestou após participar da reunião. O documento oficializando a retirada da Trensurb do PND deve ser publicado em abril. “Daqui um mês, estaremos aqui cobrando a retirada”, disse Luis Henrique Chagas, presidente do sindicato.

Também participou da reunião com Cavalcanti o vice-líder do governo Lula no Congresso Nacional, deputado Elvino Bohn Gass (PT). “Se a empresa fosse entregue ao lucro privado, a única forma de manter tarifas acessíveis seria com altos subsídios governamentais. Neste caso, não há sentido na privatização”, afirmou nas redes sociais.

A Trensurb foi incluída em setembro de 2019, por decreto do então presidente Jair Bolsonaro, no Programa Nacional de Desestatização. Em julho do ano passado, Marroni havia dito ao Sul21 que a estatal enfrenta um déficit orçamentário que exigirá recomposição do governo federal e que inviabiliza, no momento, qualquer projeto de investimento. Na época recém empossado presidente da Trensurb, Marroni também comentou que uma de suas primeiras iniciativas seria “sair do mercado de consumidor cativo para o mercado livre”, podendo reduzir em torno de 20% o custo de energia na empresa. Clique aqui para ler a entrevista completa.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora