Os trabalhadores rodoviários de Porto Alegre iniciaram uma greve, na manhã desta segunda-feira (20), em protesto contra a intenção da Prefeitura da Capital de privatizar a Companhia Carris, processo que tem leilão marcado para hoje. Após um mês de mobilização e tentativas de negociação com o governo municipal e a atual direção da empresa, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre (STETPOA), deflagrou a greve a partir das 5 horas da segunda-feira, quando os primeiros veículos começaram a deixar a garagem da empresa.
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Conforme acordo firmado na sexta-feira (29) junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), que estabeleceu o regramento da greve, será mantido em funcionamento um percentual mínimo de 60% dos ônibus. Ainda que já tenham se esgotado as possibilidades de revogação do edital de venda da empresa, publicado pela Prefeitura, o STETPOA Sindicato mantém a esperança na chance de que o certame seja rechaçado pelas empresas que cogitam a compra. Ainda é possível, assinala o sindicato, que “empresas concorrentes promovam a ação de impugnação ou de não cumprimento de exigências, o que faria da venda da empresa algo remoto ou até mesmo ser invalidada num primeiro momento”.
O leilão de privatização da Carris foi marcado pela Prefeitura para esta segunda-feira. Com lance mínimo de R$ 109 milhões, o governo municipal quer repassar para a iniciativa privada todos os bens e ações da empresa — o que inclui ônibus e terrenos das garagens –, bem como conceder a operação de suas linhas — responsável por 22% do sistema da Capital — por um período de 20 anos.
De acordo com a Prefeitura, das 21 linhas operadas pela Carris, oito delas não são afetadas pela paralisação e duas são afetadas parcialmente. As linhas T2A, T3, T9, T10, T11.1, T13, C1, C3, C5, 343 e 353 não estão em operação. As linhas T4, T6, T11, T12, T1, T5, T7, T8 terão suas tabelas normais. A linha C2 será atendida com um ônibus e a linha T2 cumprirá suas tabelas a partir das 15 horas.
