Geral
|
19 de setembro de 2023
|
17:39

Nova empresa assume a coleta automatizada de lixo na Capital em contrato emergencial

Por
Duda Romagna
[email protected]
Caminhão realizando coleta de resíduos depositados em contêineres. Foto: Pedro Piegas/PMPA
Caminhão realizando coleta de resíduos depositados em contêineres. Foto: Pedro Piegas/PMPA

Nesta terça-feira (19), a empresa Conesul assumiu o serviço de coleta automatizada de lixo em Porto Alegre. Segundo a Prefeitura, as equipes já realizaram o recolhimento de resíduos nos contêineres dos bairros Cidade Baixa, Bela Vista e parte do Petrópolis. Os bairros Menino Deus e São João devem ser atendidos ainda neste dia.

Leia também:
Coleta automatizada de lixo na Capital: Consórcio com contrato de R$ 60 milhões acumula problemas

O Município rescindiu o contrato com o consórcio anterior, o Porto Alegre Limpa, na segunda (18), após esgotarem as medidas jurídicas e administrativas para normalizar o serviço. A nova empresa foi contratada de forma emergencial, que pode durar até 180 dias. Posteriormente, deve acontecer a publicação de um edital para a licitação definitiva da coleta por contêiner. Os equipamentos do consórcio foram mantidos preventivamente por até 60 dias.

É a terceira vez que o Município decide pela rescisão. No início de junho, a Prefeitura já havia determinado o rompimento do contrato, que não aconteceu. A decisão veio após diversos problemas na frequência da coleta, sujeira em contêineres, cheios ou quebrados, e precariedade no serviço. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) chegou a abrir uma auditoria para investigar problemas denunciados.

Ainda em dezembro de 2022, a Prefeitura alegou que o consórcio, formado pelas empresas Beta Ambiental Ltda e Techsam Tecnologia em Soluções Ambientais Ltda, não tinha condições de operar nos dois lotes de sua responsabilidade, sem sequer dispor de equipamentos suficientes. A decisão da rescisão foi publicada em 10 de fevereiro, mas o consórcio recorreu, apresentando novos equipamentos e caminhões para operar o serviço e a rescisão foi revertida.

As empresas eram responsáveis pelo serviço em 19 bairros desde setembro de 2022 com contrato de mais de R$ 60 milhões com o Município por 24 meses. Ainda em 2022, o consórcio recebeu 15 multas, de pelo menos R$ 500 mil, referentes a questões operacionais. A empresa alegou que equipamentos estavam apresentando problemas e o serviço não foi totalmente interrompido, mas foram identificados atrasos em alguns bairros.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora