Em assembleia do Sindicato dos Metroviários realizada no início da tarde desta segunda-feira (8), trabalhadores da Trensurb decidiram manter a paralisação iniciada durante a madrugada até o final do dia.
A categoria aprovou o estado de greve em assembleia realizada no dia 28 de abril e, neste domingo (7), confirmou a convocação da paralisação para esta segunda.
Durante a madrugada, os metroviários organizaram um piquete na entrada da empresa para conversar com aqueles que foram ao trabalho nesta segunda.
De acordo com o sindicato, a adesão dos trabalhadores à paralisação foi de 90% no setor das estações, 70% na operação de trens e 100% do setor da segurança.
O piquete foi encerrado no final da manhã e, em assembleia realizada no início da tarde, a categoria decidiu manter a paralisação de 24 horas, com a retomada normal da operação na terça-feira (8). Contudo, a categoria permanece em estado de greve e uma nova paralisação foi convocada para o dia 23 de maio.
Segundo a Trensurb, os trens estão operando, mas com intervalos mais espaçados, de 20 em 20 minutos. Em geral, nos horários de pico, os trens chegam a operar com intervalos de até 7 minutos.
A principal pauta da categoria é a defesa da retirada da Trensurb do Plano Nacional de Desestatização. Os metroviários também alegam que a empresa está descumprindo o acordo coletivo dos trabalhadores. Desde abril, a empresa retirou o adicional de risco de vida do setor da segurança, medida que o sindicato considera “arbitrária e antidemocrática”.
Em nota divulgada na manhã desta segunda, a Executiva Estadual do PT no Rio Grande do Sul manifestou apoio aos trabalhadores e informou que as bancadas da Federação Brasil da Esperança na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional estão unificadas na defesa da retirada da Trensurb do Plano Nacional de Desestatização.
“O PT entende que a concessão da empresa trará implicações catastróficas ao já combalido sistema de transporte público da Grande Porto Alegre”, diz a nota.