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3 de janeiro de 2023
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19:29

Equipe de TV é agredida por bolsonarista que permanece pedindo golpe no centro da Capital

Por
Sul 21
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Acampamento golpista começou a esvaziar em Porto Alegre após posse de Lula. Foto: Joana Berwanger/Sul21
Acampamento golpista começou a esvaziar em Porto Alegre após posse de Lula. Foto: Joana Berwanger/Sul21

O repórter cinematográfico Jocemar Silva, da RDC TV, foi agredido por manifestantes golpistas que ainda permanecem no entorno do Comando Militar do Sul, no centro de Porto Alegre, mais de dois meses após o fim da eleição.

Segundo nota da empresa, a equipe de reportagem estava no local registrando o momento em que as vias públicas ao lado do Comando Militar do Sul eram desobstruídas, quando um grupo de bolsonaristas se aproximou questionando se os profissionais de imprensa tinham autorização para gravar imagens.

Por não precisarem de qualquer tipo de liberação para realizar o trabalho jornalístico em via pública, os repórteres da RDC TV contam que tentaram argumentar, mas um dos indivíduos não aceitou os argumentos e agrediu com um soco o repórter cinematográfico.

“A nossa equipe solicitou o apoio da Brigada Militar e foi atendida pelo 9º BPM, inclusive com a presença de seu comandante, Tenente-Coronel Schimdt. Acompanhados pelos policiais militares, os nossos profissionais foram à 1ª Delegacia de Polícia onde apresentaram todas as imagens, inclusive do criminoso. A RDC TV lamenta profundamente que ataques à imprensa sigam acontecendo”, diz a RDC TV, em nota.

“A tentativa de cerceamento ao trabalho da imprensa é, em si, um atentado contra a democracia. Assim como já aconteceu há poucos meses, a emissora reafirma seu compromisso com o jornalismo e jamais cederá a qualquer tipo de coação”, afirma a empresa.

Desde o fim da eleição presidencial no dia 30 de outubro e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam as ruas em torno do quartel do Exército pedindo golpe e o impedimento da posse do candidato vitorioso. Em que pese haver uma determinação judicial ordenando a desobstrução de vias públicas desde o dia 11 de novembro, as autoridades da Prefeitura e do Governo do Estado optaram por adotar a estratégia do “diálogo”. O resultado, na prática, foi a manutenção do acampamento reunindo centenas de pessoas, resultando em ameaças e intimidações contra eleitores não bolsonaristas e atrapalhando a vida dos moradores e trabalhadores do centro da Capital.

Desde domingo (1º), com a concretização da cerimônia de posse de Lula em Brasília, o acampamento começou a ser esvaziado “por conta própria” dos presentes.


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