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28 de março de 2022
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09:52

Defensora pública analisa como sistema de Justiça trata fenômeno da violência policial

Por
Sul 21
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Defensora Pública Mariana Py Muniz (Foto: Maia Rubim/Sul21)
Defensora Pública Mariana Py Muniz (Foto: Maia Rubim/Sul21)

A Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (ADPERGS) promove, nesta quinta-feira (31), às 17h30, o lançamento do livro “Polícia! Para quem precisa de justiça. Como a magistratura representa a violência policial”, da Defensora Pública Mariana Py Muniz. Elaborado a partir da sua tese de doutorado, a obra procura investigar a representação social da violência policial para a Magistratura.

O evento, que acontece de forma presencial na sede administrativa da Associação (R. Gen. Andrade Neves, 90 – 81 – Centro Histórico, Porto Alegre), também será transmitido pelo YouTube.

Divulgação

Além do lançamento pela autora, o evento conta com convidados especiais, o Desembargador Jayme Weingartner Neto e o Prof. Emil Albert Sobottka, que farão uma breve explanação sobre a obra e sua contribuição. Após as falas, será realizada uma sessão de autógrafos com a autora, e os livros estarão disponíveis. A obra também pode ser adquirida pelo site da editora D’Plácido.

Esse livro nasce a partir de uma tese de doutorado onde se procurou investigar a representação social da violência policial para a Magistratura. A ideia da autora foi demonstrar e descrever como os Juízes enxergam o fenômeno social da violência policial e quais as implicações que esse olhar produz não apenas no próprio fenômeno, mas, também, no sistema de justiça. A pesquisa buscou analisar as práticas e os discursos judiciais, a partir de três metodologias: a observação das audiências de custódia; a análise de decisões judiciais, no âmbito colegiado, Tribunal de Justiça, e a realização de entrevistas semiestruturadas com Juízes e Desembargadores.

Para a defensora, o livro pode “auxiliar a compreensão da estruturalidade do fenômeno violência policial no Brasil, da internalização dessa estrutura via mediação operada pelo habitus no campo jurídico, o qual os Juízes ocupam em posição de centralidade, e a consequente legitimação operada pela complementariedade das práticas policiais ao sistema de justiça (LIMA, 2019) da violência policial, o que denomino de blindagem”.

 


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