Maiara Rauber
Da Página do MST
Na semana do estudante, o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra do Rio Grande do Sul doou cerca de 5 toneladas de alimentos para educandos de dez campi da Unipampa. A iniciativa faz parte da Jornada Nacional da Juventude Sem Terra, da Jornada Universitária pela Reforma Agrária (JURA), pelo centenário de Paulo Freire e foi organizada pelo MST, pela Sesunipampa, pelo Sindicato dos Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior da Região do Pampa (Sindipampa), por estudantes da Unipampa e pelo Curso de Educação do Campo – Licenciatura da Unipampa.
” Nós enquanto juventude Sem Terra, estudante do campo, das Escolas do Campo, estamos colocando à disposição a nossa produção de conhecimento e a nossa produção de alimentos saudáveis aos estudantes da cidade que passam por necessidade nesse momento” pontua Daniel Silva, jovem Sem Terra. Ele ainda ressalta que além dessa solidariedade os estudantes Brasil afora seguem na luta pela educação pública gratuita em todos os ângulos. “Sabemos que a unidade da organização está sendo forjada nesse momento pela ferramenta da solidariedade mais do que nunca ela é a nossa grande bandeira.
Para marcar essa doação, foi realizado um ato virtual em solidariedade aos estudantes e em defesa da universidade pública. A live aconteceu, dia 13 de agosto, e pode ser acessada nas redes sociais da Rede Soberania e Aqui e Allá. No ato, estavam presentes: Kelli Mafort, dirigente Nacional do MST; o deputado estadual Edegar Pretto; Rafael Campos da Sesunipampa; Graciela Suterio do Sindipampa; Aniara Ribeiro Machado, representante do Curso de Educação do Campo; e estudantes representantes de quatro campi da Unipampa que receberão os alimentos.
Essa ação faz parte da Campanha Nacional do MST que já doou mais de 5 mil toneladas de alimentos em todo o país. Só os Sem Terra gaúchos conseguiram distribuir aproximadamente 400 toneladas de produtos da Reforma Agrária. Os assentados buscam amenizar os impactos da fome que assola milhões de brasileiros. No estado as doações seguem mensalmente, no entanto, isso ainda não resolve a problemática da fome. As ações solidárias do campo para a cidade devem ser ampliadas juntamente com a luta por políticas públicas estruturais que resolvam essa situação.
