Cultura
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18 de agosto de 2023
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16:31

‘Teo Jexauka’: publicação indígena bilíngue será lançada neste sábado (19) em Porto Alegre

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Sul 21
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A capa da publicação é criação coletiva, com grafismo guarani e fotomontagem de Dani Eizirik, Daniel Kuaray Papa e Francisco Alves/Riacho. Foto: Divulgação
A capa da publicação é criação coletiva, com grafismo guarani e fotomontagem de Dani Eizirik, Daniel Kuaray Papa e Francisco Alves/Riacho. Foto: Divulgação

O livro “Teko Jexauka – ensinando nosso modo de ser” será lançado neste sábado (19), às 9h, na Banca do Meio da Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE), em Porto Alegre. A obra reúne símbolos da oralidade, desenhos, fotos e colagens dos territórios indígenas da Tekoa Mymba Roka e da Tekoa Yv‘a (SC) e de Maquiné (RS). Uma parceria do artista Daniel Kuaray Papa com uma liderança espiritual, jovens da aldeia e a escola da comunidade, a publicação compõe parte de uma caminhada na tradução de saberes com Dani Eizirik e Gabi Bresola, com olhares sobre a educação autônoma e a arte guarani na cultura contemporânea.

O lançamento terá a presença do autor e continua às 10h com roda de mate e troca de ideias. A publicação é bilíngue, em português e guarani, e estará disponível para a venda no site do selo Riacho e Ombu (em formato digital) e na livraria Via Sapiens (Porto Alegre) e Banca Tatui (SP). Os primeiros lançamentos aconteceram em comunidades e territórios, passando pelas aldeias guaranis Tekoa Mymba Roka, Tekoa Yva e Tekoa Itaty (SC), Guyra nhendu, Takua Hovy e Jatai’ty (RS).

“Eu tava refletindo ontem à noite, para expandir – quando a arte é tudo, eu queria mostrar qual é o segundo, qual o terceiro, qual o quarto… porque quando falo ‘arte é tudo’, vem a linguagem, vem a história, a ciência, as geografias, tudo, tudo”, conta Kuaray no capítulo intitulado Tudo, que abre a publicação. “Pra mostrar como é a arte (…), eu tava só refletindo. Não sei como expandir esse conhecimento para não-indígena e próprio guarani no mundo perceber que todos somos artistas”, conclui. A frase Teko Jexauka que dá título ao impresso primeiro foi traduzida como “mostrando o cotidiano da aldeia” e depois “ensinando nosso modo de ser”.

O projeto foi realizado com recursos do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2019 – Povos Indígenas, Fundação Catarinense de Cultura e Governo do Estado de Santa Catarina.


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