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22 de abril de 2016
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13:39

Sul21 recomenda Nise — O Coração da Loucura, A Garota de Fogo e maestro Radamés

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro

Um belo filme estrelado por Glória “Não posso opinar” Pires é um dos destaques da nova programação dos cinemas. Opinamos que é um bom filme sobre a Dra. Nise da Fonseca, a psiquiatra pioneira que alterou o tratamento de esquizofrênicos e outros doentes mentais desenganados, dando-lhes papel e tinta para que pudessem expressar seu mundo interior e ter uma vida mais tranquila — sem maus tratos — e criativa. O título da produção é Nise — O Coração da Loucura

O outro filme que indicamos é o estranho e noir A Garota de Fogo. Esta produção espanhola conta a istória de um pai que fará tudo para dar um bom final de vida para sua filha com leucemia. Só que… Bem, é um filme de suspense e risadas nervosas.

Outro bom programa para o findi é ir ao Theatro São Pedro ver a Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro (OCTSP) apresentar quatro (4) Concertos do maestro e compositor gaúcho Radamés Gnattali. Os concertos são para os seguintes instrumentos: Bandolim, Sax, Violão e Acordeom. Em dois horários no sábado e domingo.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

Nise — O Coração da Loucura (****)
de Roberto Berliner. Brasil, 2015, 108 min

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Aconteceu um milagre, na década de 1950, no Brasil. Os mais importantes museus de arte moderna abriam seus salões para artistas de que nunca se ouvira falar. Muitos críticos assinalaram que essas exposições revelavam pintores que, apesar de desconhecidos, deveriam desde já ser considerados entre os maiores artistas brasileiros. Falou-se que essa explosão inédita de arte e beleza indicava que algo, comparável com a Renascença, poderia estar acontecendo no Rio de Janeiro. Por trás deste milagre não havia nenhuma academia de artes, nenhum mecenas ou marchand. Apenas uma psiquiatra, ridicularizada por seus colegas, e um ateliê de pintura, criado por ela em um hospital psiquiátrico nos subúrbios da cidade. Os artistas eram esquizofrênicos e pobres, internados, alguns há várias décadas, abandonados por suas famílias e desenganados pelos médicos. Este filme conta a história deste “milagre” e da vida dessa psiquiatra rebelde, franzina e cativante: a Dra. Nise da Silveira.

No Cinemark Ipiranga 1, às 18h e 20h50
No Espaço Itaú 2, às 17h40
No Espaço Itaú 3, às 14h e 19h
No Espaço Itaú 8, às 21h50

A Garota de Fogo (****)
(Magical Girl), de Carlos Vermut, Espanha, 2014, 127 min

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Alicia, uma menina doze anos de idade sofre de leucemia. Ela mora com o pai, Luis, um professor de literatura que se encontra desempregado e que procura a todo o custo cuidar da filha e satisfazer seus últimos desejos, incluindo deixá-la fumar e experimentar gin tônica, antevendo que irá perdê-la. Ao ler no diário de Alicia, fica sabendo que ela quer um vestido igual ao de Yukiko, uma das personagens principais da série “Magical Girl”. Então, Luis decide fazer de tudo para reunir os sete mil euros necessários para adquirir as vestimentas, protagonizando uma série de episódios que não vão abonar em nada a favor do seu caráter. Com um enredo delirante, incoerente, violento, dramático e marcado por algum humor negro que desperta mais sorrisos nervosos do que gargalhadas, A Garota de Fogo é um filme misterioso e surpreendente.

No Guion Center 2, às 14h30 e 20h45

Cinema – Em cartaz

Ave, César! (*****)
(Hail, Caesar!), de Ethan e Joel Coen, EUA / Reino Unido, 2015, 95 min

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Apenas os irmãos Coen poderiam conceber uma homenagem desmistificadora à idade de ouro dos grandes estúdios de Hollywood. Mas Ave, César! é mais: é também uma antologia de estilos e gêneros, uma fábula existencialista, uma reflexão irônica sobre as contradições de ideologias e religiões e, ainda assim, ser assimilado como uma comédia agradável e sem substancia com superprodução e elenco espetacular. A mistura de estilos, cores e tramas, a falta de um foco claro faz com que as opiniões sejam polarizadas. O filme é uma improvisação jazzística aparentemente desconexa que pode fazer sentido ou não na mente do espectador. A fórmula do filme é a de ser um paradoxo. É, provavelmente, a comédia menos negra e mais acessível a partir dos cineastas e roteiristas de Fargo. Eles parecem estar brincando com sua identidade como cineastas e com a natureza da fé em um sentido global, não apenas religioso.
https://youtu.be/nGJq4U0ayTc
No Cinemark Barra 3, às 13h10
No Espaço Itaú 1, às 18h, 20h e 22h
No GNC Iguatemi 6, às 21h50
No GNC Moinhos 3, às 14h15, 19h e 21h20
No Guion Center 3, às 15h

Truman (****)
de Cesc Gay, Espanha / Argentina, 2015, 106 min

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Em Truman, Ricardo Darín interpreta Julián, um doente terminal de câncer que decide interromper o tratamento diante do agravamento de seu estado de saúde. E, acompanhado pelo melhor amigo, tenta encontrar um novo lar para Truman, seu cachorro. Quando Julián (Ricardo Darín) recebe uma visita inesperada do seu amigo de infância Tomás (Javier Cámara) que vive no Canadá, o encontro é ao mesmo tempo doce e amargo. Este reencontro, depois de vários anos, será também o último. Depois de lhe ser diagnosticado um câncer terminal, Julián decide pôr fim ao tratamento continuado que recebe, para poder concentrar-se em deixar todos os seus assuntos em ordem: a distribuição dos seus bens, as coisas para seu funeral, e acima de tudo, encontrar um lar para o seu mais fiel amigo -– o cão Truman. Entre diálogos repletos de humor e passeios pelas ruas de Madrid visitando livrarias, restaurantes, médicos e veterinários, a relação dos dois amigos vê-se fortalecida, sendo cada vez mais difícil a separação.

No Cinemark Barra 6, às 16h20
No Espaço Itaú 4, às 14h10, 16h40, 19h10 e 21h40
No GNC Moinhos 2, às 13h20, 15h30, 17h40, 19h50 e 22h
No Guion Center 1, às 14h15, 16h15, 18h15 e 20h15

Rua Cloverfield, 10 (****)
(10 Cloverfield Lane), de Dan Trachtenberg, EUA, 2015, 103 min

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Um filme de roteiro inverossímil, mas que traz grande suspense e tensão. É a estreia de Dan Trachtenberg como diretor e o cara parece ser muito bom para criar atmosferas de grande peso psicológico. Uma jovem (Mary Elizabeth Winstead) sofre um grave acidente de carro e acorda no porão de um desconhecido. O homem (John Goodman) diz ter salvado sua vida de um ataque químico que deixou o mundo inabitável, motivo pelo qual eles devem permanecer protegidos no local. Desconfiada da história, ela tenta descobrir um modo de se libertar — sob o risco de descobrir uma verdade muito mais perigosa do que seguir trancafiada no bunker. Grandes atuações de Goodman e Winstead.

CÓPIAS DUBLADAS
No Cine Victória 2, às 17h30
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cinespaço Wallig 5, às 19h30
No Espaço Itaú 2, às 15h30 e 19h30
No GNC Iguatemi 1, às 21h
No GNC Praia de Belas 6, às 21h

A Juventude (****)
(La Giovinezza), de Paolo Sorrentino, Itália/França/Suíça/Grã-Bretanha, 2015, 124 min

A Juventude
Fred (Michael Caine) e Mick (Harvey Keitel) são dois velhos amigos com quase oitenta anos que se encontram a desfrutar de um período de férias num hotel encantador, no sopé dos Alpes. Fred é um maestro e compositor aposentado, sem intenção de voltar à sua carreira musical que abandonou há muito tempo, enquanto Mick é um realizador, que ainda trabalha, empenhado em terminar o roteiro do seu mais recente filme. Ambos sabem que os seus dias estão contados e decidem enfrentar o seu futuro juntos. No entanto, ninguém além deles parece preocupado com o passar do tempo. O filme foi considerado pela crítica o melhor filme europeu de 2015. E Michael Caine, pelo mesmo filme, o melhor ator.

No Guion Center 2, às 16h45
No Guion Center 3, às 19h

Exposições e Artes Plásticas

3 Exposições no Instituto Estadual de Artes Visuais (IEAVi)
Galeria Augusto Meyer, 3º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ)
Até 22 de maio

Trata-se de “Universo Abstrato”, de Cristina Dall’Igna, na Galeria Augusto Meyer (3º andar); “Novos Olhares – Território Ampliado”, dos alunos do curso de Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais da Feevale, com curadoria de Tom Ferrero, no Espaço Maurício Rosenblatt (3º andar) e “Bambu Aguadas” de Silvio Schuh, na Fotogaleria Virgílio Calegari (7º andar). A visitação segue até 22 de maio de 2016, sempre de terças a sextas, das 9h às 19h e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h, com entrada franca.

Exposição “Universo Abstrato”

Cristina Dall’Igna, com um vocabulário plástico contemporâneo e uma linguagem abstrata própria, faz valer-se de um universo de formas e cores que imprimem sua identidade. Trabalhando o abstrato, a cor é a primeira busca, onde as intervenções cromáticas surgem de sentimentos internos, num jogo de luz e sombra, com várias camadas de tintas em todos os planos de sua pintura.

Em seu processo criativo, utiliza várias técnicas dentro da pintura acrílica: monotipia, textura, colagens, etç. A pintura tem a possibilidade de ser um campo de cor e expressão, ancorada pelo prazer, com a função de transmitir o sutil sentimento do belo interiorizado pela artista. Devido a sua trajetória profissional como educadora física, onde trabalha a consciência corporal, a artista visa ativar, instigar e movimentar o interno de cada um.

A fim de tornar a jornada da vida mais divertida, lúdica e cheia de sentido, ela expressa sua criatividade com liberdade e dinamismo. Revelando a sua maneira de entender o mundo, descobrem-se portais e espaços de transformações dentro de sua obra que transcendem para a verdadeira dimensão da arte.

Exposição ‘Novos Olhares – Território Ampliado’

Com a participação de vinte artistas e do curador, Tom Ferrero, a mostra coletiva aborda temas pertinentes à identidade, corpo e memória em um contexto contemporâneo das artes visuais. O objetivo é ampliar o cenário de artistas emergentes e possibilitar outras perspectivas e fomentos sobre a arte na atualidade, sem perder seu contexto histórico ao longo dos tempos.

Em toda a mostra podemos notar o quanto cada trabalho abriga suas próprias características, porém, todos se relacionam, estabelecendo um grande conjunto de ideias que dialogam e transcendem suas margens territoriais para novas áreas reflexivas, onde o público passa a questionar sobre aquilo que vê e sente. Assim, possibilita a mutação da identidade expositiva, moldando e (des) formando o corpo da galeria e suas obras, instigando o público a partir da composição imagética da mostra.

O projeto é um grande organismo de objetos de fruição, onde todos estão convidados a entrar. Um novo território ampliado no campo das artes que aborda e provoca o pensamento humano fortalecendo novos olhares, isso se reafirma ao formar uma exposição de novos artistas, com outros meios inquietantes de se trabalhar com a arte.

Exposição ‘Bambu Aguadas’

Nascido em Santa Cruz do Sul, em 24 de julho de 1950, Silvio Schuh percebeu o dom pelo desenho e suas alternativas ainda na infância. Sua mãe incentivou a paixão pelas artes. O artista elegeu o óleo sobre tela como técnica preferida e durante anos produziu obras que foram generosamente distribuídas em família.

Jovem, veio estudar em Porto Alegre e percebeu as dificuldades da carreira como artista plástico. Conheceu o desenho técnico, acabou seguindo carreira na profissão, postergando o sonho das artes. Transferido para São Paulo, onde morou por mais de 30 anos, viajou pelo Brasil, conheceu lugares e culturas que lhe marcam profundamente. Construiu suas memórias. Cultivou com carinho o dia que voltaria aos pincéis.

No seu retorno ao Rio Grande do Sul, foi levado ao Atelier Livre da Prefeitura, onde encontrou espaço e ambiente ideal para desenvolver seus sonhos e habilidades. Amigos novos, sensíveis e generosos. As primeiras pinceladas, na sua infância, foram em anil. Voltando aos pincéis, retornou também ao anil da sua infância. Afloraram então os primeiros bambus em aguadas delicadas. Lentamente foi desenvolvendo essa técnica, com materiais e tintas diversas.  Apaixonado pela aquarela e suas mágicas transparências.  Atreve-se nas aguadas sutis, apresentando hoje em nanquim.

Serviço:

Abertura: 19 de abril de 2016 (terça), das 19h às 21h.
Local: Instituto Estadual de Artes Visuais – 3° e 7º andares da Casa de Cultura Mario Quintana/CCMQ (Galeria Augusto Meyer, Espaço Maurício Rosenblatt e Fotogaleria Virgílio Calegari)
Visitação: 20 de abril a 22 de maio de 2016. Terças a sextas, das 9h às 19h e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h.
Contato: Telefone 3216-9913 e e-mail [email protected]
Entrada franca.

Obra de Alana Steiglede Foto: Divulgação
Obra de Alana Steiglede Foto: Divulgação

Exposição de Fernando Ikoma
Galeria de Arte Bublitz, Av. Neusa Brizola, 143
Segundas às sextas-feiras, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 16h
De 16 de abril até 14 de maio de 2016

Pintor, roteirista e desenhista de histórias em quadrinhos brasileiro, o artista inaugura exposição com 20 pinturas que exploram o campo com trabalhadores na colheita de trigo, imagens de crianças e Dom Quixote, num estilo impressionista moderno. Vale destacar que Ikoma é uma das principais referências no Brasil na pintura de trigais. Autodidata, antes de ingressar na pintura trabalhou como diretor de arte em diversas agências de publicidade. Embora seja descendente de japoneses, Ikoma não havia tido contado com os quadrinhos do seu País de origam, popularmente conhecidos como mangás, até conhecer o trabalho de Seto e Keizi. Nos anos 60, fez parte da EDREL, editora fundada por Minami Keizi, onde trabalhou no livro A técnica universal das histórias em quadrinhos. Após sair da EDREL, Ikoma ainda escreveu roteiros para a revista O Judoka da EBAL, para a revista Heróis da TV da Editora Abril e para a editora Grafipar. Em 2008, Ikoma, Yppe Nakashima, Minami Keizi e os irmãos Paulo e Roberto Fukue ganharam o Troféu HQ Mix na categoria Grande Mestre, pela primeira vez o Troféu premiava cinco artistas ao mesmo tempo.

RS Contemporâneo
No Santander Cultural, Rua 7 de Setembro, 1028
Terça a sábado, das 10h às 19h, e domingos, das 13h às 19h
Até o dia 1º maio

A quinta edição do projeto RS Contemporâneo leva ao Santander Cultural duas exposições de artistas gaúchas: “Aqui tudo é diferente”, de Lívia dos Santos, e “Presença Sinistra”, de Letícia Lopes. As exposições podem ser visitadas de terça a sábado, das 10h às 19h, e domingos, das 13h às 19h. A entrada é gratuita. “Aqui tudo é diferente”, que tem curadoria do cearense Carlos Eduardo Bitu Cassundé, é uma exposição que aborda os movimentos físicos e simbólicos do nosso cotidiano e foi inspirada nas viagens diárias de trem da artista entre Porto Alegre, onde mora, e Novo Hamburgo, onde cursa Mestrado. Já a exposição “Presença Sinistra”, de curadoria do carioca Marcelo Campos, é composta por pinturas, colagens, fotografias e vídeos e busca revelar enigmas “escondidos pela noite”. O artista conta que a exposição nasceu de seu interesse por imagens noturnas, sobre como o flash revela “coisas que não deveriam ser vistas”, e acabou, naturalmente, pendendo para “algo noturno e lunar”. A partir disso, ela passou a trabalhar na investigação de como os diversos recursos pictóricos ajudam a compor esses enigmas e revelações.

01/04/2016 - PORTO ALEGRE, RS, BRASIL - Exposições RS Contemporâneo I no Santander Cultural. Foto: Joana Berwanger/Sul21
01/04/2016 – PORTO ALEGRE, RS, BRASIL – Exposições RS Contemporâneo I no Santander Cultural. Foto: Joana Berwanger/Sul21

— Exposição Marcel Odenbach – Stille Bewegungen. Movimentos Silenciosos
No MARGS, até 28 de maio, de terças a domingos, das 10h às 19h
— Mostra de vídeos de Marcel Odenbach
Galeria do Goethe-Institut Porto Alegre, até 28 de maio, de segunda a sexta, das 9h às 21h, sábados, das 9h às 13h

Marcel Odenbach. Stille Bewegungen. Movimentos Silenciosos, exposição do Instituto de Relações Exteriores (ifa, Alemanha), apresenta a obra de um dos mais importantes videoartistas alemães através de instalações, vídeos e obras em papel das últimas três décadas. Nascido em 1953, em Colônia, Marcel Odenbach é um pioneiro da videoarte. Seus trabalhos são narrativas complexas criadas por meio de uma técnica de colagem de trechos de produções para cinema e televisão, material de arquivo e imagens feitas por ele mesmo. A edição de imagens públicas e privadas gera enredos que conectam sutilmente a história, num nível superior, com o sentimento do ser humano individual e a biografia do artista.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Sergio Camargo: Luz e Matéria
Fundação Iberê Camargo
De terça a domingo (inclusive feriados), das 12h às 19h (último acesso às 18h30)
Até 12 de junho

A Fundação Iberê Camargo e o Itaú Cultural firmaram uma parceria para trazer ao público mais uma exposição de grande relevância no cenário artístico nacional. Dia 3 de março, a instituição em Porto Alegre inaugura a mostra Sergio Camargo: Luz e Matéria com trabalhos de um dos mais importantes nomes das artes visuais do século XX no Brasil. Com curadoria de Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, a mostra reúne, até 12 de junho, mais de 60 obras de colecionadores privados e do espólio do artista. A exposição é um novo recorte da versão exibida no Itaú Cultural em São Paulo, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, e Porto Alegre é a primeira cidade a recebê-la, após seu encerramento na Capital paulista. Na Fundação, a exposição ocupa dois andares com trabalhos de grande formato e em menor dimensão Sergio Camargo; torres e relevos em formas que jogam com a luz e a sombra, esculpidos em mármore carrara branco ou negro belga, datadas entre as décadas de 1960 e 1980. O conjunto faz uma síntese das sucessivas experiências de Sergio Camargo (1930-1990).
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Linhas: Imagens de Mathias Cramer
Bistrô do Margs, Praça da Alfândega, s/n
De segunda a sexta-feira, das 11 às 21h; sábados, domingos e feriados, das 11 às 19h.
Até 30 de abril

Mathias Cramer é jornalista e fotógrafo com graduação em Jornalismo pela Ufrgs e atua profissionalmente desde 1980, fazendo serviços para empresas e clientes, em reportagens, eventos, documentários e ensaios fotográficos. Sua trajetória conta com experiência no processamento e tratamento de imagem digital e no atendimento e suporte a assessorias de comunicação social, imprensa, marketing, relações públicas e recursos humanos. A sequência de imagens é resultado da produção fotográfica do autor, paralela ao trabalho comercial, ao longo de sua carreira.
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Música

Orquestra de Câmara Theatro São Pedro homenageia Radamés Gnattali
No Theatro São Pedro, em 23 e 24 de abril, sábado às 20h e domingo às 18h

Esta é a primeira vez que quatro concertos do grande compositor gaúcho Radamés Gnattali serão apresentados em um único programa: Concertos para Bandolim / Sax / Violão / Acordeom. A Orquestra de Câmara Theatro São Pedro também conta com um fato histórico nesta edição dos Concertos Oficiais: Radamés foi escolhido por Eva Sopher para reger na reabertura do Theatro São Pedro (em 28 de junho de 1984) a própria obra, que incluia “Sinfonia Popular n°1”. O projeto tem patrocínio da Sulgás e Gerdau e financiamento do Pró-Cultura RS/LIC.

Como compositor e arranjador Radamés Gnattali superou as barreiras entre erudito e popular, enriquecendo a música brasileira. Inspirado nas peculiaridades musicais de amigos e colegas, compôs para instrumentos que raramente fazem parte das salas de concertos, como o acordeom e o bandolim. O Concerto para Acordeom foi dedicado a Chiquinho do Acordeom, que executou a obra em 1978, na Sala Cecília Meireles, com a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC.

O segundo programa da série “Concertos Oficiais” da OCTSP acontece nos dias 23 (20h) e 24 (18h) de abril. Com regência do maestro Antônio Borges-Cunha, a orquestra receberá os solistas Rafael Ferrari (bandolim), Amauri Iablonovsky (sax-alto), Matthias Koole (violão) e  Luciano Maia (acordeom).

A Orquestra de Câmara Theatro São Pedro tem como característica a renovação do repertório, buscando o diálogo do histórico com a tendência da música atual brasileira e internacional, despertando o interesse de públicos de diferentes gerações. A série dos Concertos Oficiais 2016 está engajada no movimento global #ElesPorElas (#HeForShe) da Organização das Nações Unidas, a ONU. A OCTSP é a primeira orquestra brasileira a apoiar a campanha e conectar a arte aos movimentos de transformações sociais. Os ingressos já estão à venda na bilheteria do teatro!

2º PROGRAMA DA SÉRIE CONCERTOS OFICIAIS DA OCTSP:

QUANDO: 23 e 24 de abril

ONDE: Theatro São Pedro

HORÁRIO: Sábado às 20h e domingo às 18h.

INGRESSO: Plateia e cadeira extra (R$ 80,00), Camarote central (R$ 60,00), Camarote lateral (R$ 40,00) e Galerias (R$ 20,00).

Descontos: Idoso/Estudante: 50%. AATSP: 50% nos ingressos de cada concerto.

Divulgação
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Ospa destaca obras do Século XX no segundo concerto da Série UFRGS 2016
No dia 26 de abril, terça-feira, às 20h30
No Salão de Atos da UFRGS

O maestro japonês Kiyotaka Teraoka, conhecido do público porto-alegrense por ter regido aplaudidos concertos na cidade, volta a conduzir a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre no dia 26 de abril, terça-feira, às 20h30. No segundo concerto da Série UFRGS 2016 da Ospa, o titular da Orquestra Sinfônica de Osaka dirige a interpretação de obras de Toru Takemitsu e Yuzo Toyama, compositores de seu país, além de peças do francês Jean Francaix e do alemão Richard Strauss. O solista da noite é o goiano Samuel Oliveira, clarinetista da Ospa que já integrou a Jeunesses Musicales World Orchestra. O Salão de Atos da Universidade sedia o evento.

A noite inicia com “Funeral Music”, de Takemitsu (1930-1996). Trata-se de um trecho da trilha sonora que ele compôs para “Black Rain”, longa-metragem de 1989 do diretor Shohei Imamura que aborda temas relacionados ao bombardeio atômico em Hiroshima.

Na sequência, o solista Samuel Oliveira sobe ao palco para a execução do “Concerto para Clarinete” de Francaix (1912-1997). Elaborada entre 1967 e 68, a obra foi descrita pelo próprio compositor como uma “exibição de acrobacias para os ouvidos”. Samuel é clarinetista da Ospa há dez anos e já se apresentou em palcos como o da Sala da Berlin Philarmonie, Essen Philarmonie e Palau de la Musica de Valencia.

“Don Juan”, de Strauss (1864-1949), um dos expoentes do pós-romantismo alemão, dá continuidade ao programa. Datada de 1888, época em que o compositor tinha apenas 24 anos, a peça é uma releitura musical da lenda espanhola de Don Juan.

Para encerrar o concerto, mais uma composição japonesa ganha relevo no repertório: “Rhapsody for Orchestra”, de Toyama (1931-). Inspirado principalmente pelas melodias e elementos próprios da cultura do Japão, Toyama criou a obra em 1960 reunindo diversas canções populares de seu país, cada uma entoada de forma a ressaltar um instrumento diferente.

O maestro Kiyotaka Teraoka, regente que esteve em Porto Alegre pela última vez em 2014 para reger a Ospa, foi premiado no Concurso Internacional Prokofiev em São Petersburgo, e no Concurso Internacional de Regência Orquestral Antonio Pedrotti em Trento.

Os ingressos para o concerto custam R$ 20, com 50% de desconto para estudantes, seniores e sócios do Clube do Assinante ZH. Podem ser adquiridos no dia do evento, na bilheteria do Salão de Atos da UFRGS, a partir das 11h.

Mais informações pelo site www.ospa.org.br telefone (51) 32227387.

Concerto da Ospa | Série UFRGS
Quando: 26 de abril de 2016, terça-feira, às 20h30
Onde: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110 – Porto Alegre)
Ingressos: À venda no local no dia do evento
Valores: R$ 20 (público em geral) e R$ 10 (estudantes, seniores e sócios do Clube do Assinante ZH).

Horário da bilheteria: Terça-feira, dia 26 de abril, das 11h até a hora do espetáculo.

Estudantes, funcionários e professores da universidade podem retirar ingressos de cortesia na administração do Salão de Atos a partir de sexta-feira, dia 22/04. A cota é limitada, e a distribuição é feita por ordem de chegada. É necessário apresentar o Cartão da UFRGS, e cada pessoa pode retirar 2 ingressos. A administração do Salão de Atos funciona das 9h às 12h e das 14h às 18h. 

PROGRAMA
Toru Takemitsu: Funeral Music
Jean Francaix: Concerto para Clarinete | Solista: Samuel Oliveira
Richard Strauss: Don Juan
Yuzo Toyama: Rhapsody for Orchestra

Regente: Kiyotaka Teraoka (Japão)
Solista: Samuel Oliveira (clarinetista | Brasil)

Foto: Giovanna Pozzer
Foto: Giovanna Pozzer

Teatro

Stand-up comedy e dança no Teatro Carlos Carvalho
No Teatro Carlos Carvalho, Andradas, 736 (CCMQ, 2º andar)
De 15 a 24 de abril (sexta, sábado e domingo), às 20h

O espetáculo “Abobrinhas Recheadas”, fundador da Macarenando Dance Concept e o primeiro Stand-up Dance Comedy do Brasil, faz curta temporada no Teatro Carlos Carvalho da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), de 15 a 24 de abril (sexta, sábado e domingo), às 20h. A obra explora o humor na dança e possui diversos formatos de apresentação. Dance a Letra é o formato que será apresentado neste projeto, em que as coreografias são criadas a partir de pesquisa de movimentos literais de hits musicais, que vão de Maria Bethânia a As Marcianas, passando por canções como “Devolva-me”, “Amor e Sexo”, “Faroeste de Caboclo” e “Como uma Deusa”. Desde sua estréia, a obra vem sendo desdobrada em diferentes versões e formatos. Contudo, independente do formato, “Abobrinhas Recheadas” possui um objeto de pesquisa único: o humor na dança. É na abordagem deste tema que o espetáculo se ancora e sua pesquisa é desenvolvida.

Serviço
Dia: 15 a 24 de abril (sexta, sábado e domingo)
Hora: 20h
Local: Teatro Carlos Carvalho (2º andar), Andradas, 736.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)
Informações: Diego Mac (51) 3325-5296 ou (51) 8133-6247.
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Alcemar e a Mascada Perdida
No Teatro da Amrigs, Av. Ipiranga , 5311, Porto Alegre
Dias nos dias 15, 16, 17, 22, 23 e 24 de abril, Sextas e sábados, às 21 h; domingos, às 20 h

Sucesso de público desde o seu lançamento, o espetáculo volta em cartaz na capital para uma curta temporada. No palco Pedro Smaniotto – o humorista mais Illuminati do país – dá vida a Alcemar, um simples pedreiro apaixonado pela vida e suas aves. Depois de ser traído pela própria ingenuidade, Alcemar se vê obrigado a recuperar suas aves raras que lhe foram tomadas à força. Em uma jornada extraordinária o pedreiro se depara com outro enigma. O segredo maior, o Camigol, o Bom Jesus, o Louva-a-Deus, o Carpinejar: o desafio de encontrar a Mascada Perdida, a Mascada Illuminati. Conseguirá Alcemar superar todos os obstáculos impostos pelo destino? O simples pedreiro irá reencontrar sua família de aves raras ou irá atrás da Mascada Sem Limites? Em Alcemar e a Mascada Perdida você encontrará essa resposta! Alcemar e a Mascada Perdida tem roteiro assinado por Pedro Smaniotto e Eduardo Mendonça, que também dirige a peça. No elenco participam Arthur Gubert, Eduardo Mendonça, Leonardo Barison, Tiago Prade e Pedro Smaniotto.

Foto: Rodrigo Bestetti
Foto: Rodrigo Bestetti

Duke — solo sobre memórias pessoais e biografias do rock, com Rafael Albuquerque
No Teatro Carlos Carvalho, na Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736),
De 6 a 28 de abril, sempre nas quartas e quintas-feiras, às 21h

Inserido em um emaranhado de memórias pessoais e de biografias de nomes do rock, como Johnny Cash, Keith Richards, Anthony Kiedis, Steven Tyler, o ator cria Duke, uma figura segregada de suas ambições. O texto do personagem nasceu da necessidade de falar sobre solidão, sentimento e estado presente na vida do autor. Personagens paralelos fazem parte da narrativa, mostrando a relação do protagonista com demais sujeitos do texto. A relação do protagonista com a cena underground e o lifestyle do “sexo, drogas e rock and roll” é muito presente, estando em todos os elementos da peça. O cenário minimalista retrata o apartamento do personagem trazendo a solidão, a desordem e a vida desregrada do protagonista. Os personagens paralelos do texto aparecem em recados telefônicos, o que faz com que haja a interação do ator com esses recados através de um aparelho telefônico destacado pela luz.

Foto: Gabriel Ditelles
Foto: Gabriel Ditelles

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