Rachel Duarte
Depois de oito dias na Europa, dos dez que programou para ficar na Espanha e em Portugal, o futuro governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), retornou a Porto Alegre no início da madrugada deste domingo (21). Tarso desembarcou por volta da 01h no Aeroporto Internacional Salgado Filho e optou por descansar no primeiro dia do retorno ao estado. A retomada das atividades do processo de transição ficou para esta segunda-feira (22).
Algumas articulações políticas tiveram início, por telefone, ainda neste domingo, conforme o previsto, em Lisboa, pelo futuro chefe da Casa Civil, Carlos Pestana. Tarso e Pestana deixaram na capital portuguesa a comitiva que viajou com eles no último dia 12. Voltaram antes para agilizar o processo de transição e a composição do futuro secretariado.
O principal motivo para acelerar o anúncio dos demais secretários, deve-se à atitude do PDT, que deseja mais secretarias do que as lhe foram oferecidas e se movimenta para ter o prefeito José Fortunati como cabeça de chapa nas eleições municipais de 2012.
Com a decisão, anunciada pelo PP, na última quarta-feira (17), de não entrar no governo, o presidente do PDT gaúcho, Romildo Bolzan, admitiu que a posição do PDT, em querer três pastas ou pelo menos as áreas da Saúde e Agricultura, ganha importância. “Mas não queremos fazer barganha. Nossa determinação é de entrar bem no governo, de forma que possamos participar de forma positiva, sem comprometer nossas posições”, disse ao Sul21.
Antes de deixar Portugal, Tarso anunciou que até a próxima quinta-feira (25) terá a formatação do secretariado completa. Mas, para negociar com o PDT, o futuro governador terá que levar em conta os interesses dos partidos Unidade Popular pelo Rio Grande, a coligação que o elegeu. No final da última semana circulou rumores de que os partidos estariam descontentes com o número de cargos destinados aos partidos que se aliaram depois da eleição.