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18 de abril de 2016
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04:14

“Golpe ficará na história como ato vergonhoso”, diz José Eduardo Cardozo

Por
Sul 21
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“Golpe ficará na história como ato vergonhoso”, diz José Eduardo Cardozo
“Golpe ficará na história como ato vergonhoso”, diz José Eduardo Cardozo

Paulo Victor Chagas

Em entrevista coletiva, Cardozo fez duras críticas ao resultado da Câmara|Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Em entrevista coletiva, Cardozo fez duras críticas a aprovação do pedido da Câmara|Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Agência Brasil

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, disse, no final da noite de domingo (17), que a decisão dos deputados de aprovarem a abertura do processo de impeachment foi política e que as denúncias contra a presidenta Dilma Rousseff não têm procedência e “nunca foram discutidas em profundidade”.

Segundo Cardozo, o governo recebeu com “indignação e tristeza” a notícia. “Não há como se afirmar que houve má-fé, dolo”, disse, em referência ao mérito do pedido de impeachment em apreciação no Congresso Nacional, que agora será apreciado pelos senadores.

Reafirmando argumentações anteriores, o advogado disse que a defesa de Dilma já demonstrou “claramente” que não há ilegalidade nos decretos de crédito suplementar e nem no atraso do repasse de recursos do Tesouro aos bancos públicos, conhecido como “pedaladas fiscais”. Segundo o pedido de impeachment, esses configuram crime de responsabilidade fiscal.

“Em nenhum momento isso pode ser visto como operação de crédito, portanto não há ofensa à Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse. Cardozo afirmou que a decisão foi “eminentemente e puramente política”,

“Estamos indignados. (A decisão é uma) ruptura com a Constituição Federal, configura a nosso ver um golpe à democracia e aos 54 milhões de brasileiros que elegeram a presidenta, um golpe à Constituição. Temos hoje mais um ato na linha da configuração de um golpe, o golpe de abril de 2016, que ficará na história como um ato vergonhoso”, disse.


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