Saúde
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25 de março de 2024
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16:48

Aumento nas internações por gripe reforça necessidade de vacinação

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Sul 21
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A campanha contra influenza começou oficialmente nesta segunda-feira. Foto: Robson da Silveira/SMS/PMPA
A campanha contra influenza começou oficialmente nesta segunda-feira. Foto: Robson da Silveira/SMS/PMPA

Começou nesta segunda-feira (25) a campanha nacional de vacinação contra a gripe causada pelo vírus influenza. A imunização contra o vírus se mostra especialmente importante neste momento: o Rio Grande do Sul já registrou, em 2024, oito vezes mais internações por gripe do que no mesmo período do ano passado. Síndromes gripais, como a do vírus influenza, são chamadas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) quando levam a hospitalizações. Enquanto em 2023, nas mesmas 10 primeiras semanas do ano, o RS registrou 17 internações por gripe, neste ano foram 135 casos. Da mesma forma, houve um aumento de óbitos. Foram dois durante o ano passado, e até agora, em 2024, sete já foram confirmados.

A infecção respiratória por influenza se apresenta em formas leves ou agudas. O objetivo da estratégia de vacinação é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade em grupos específicos da população, considerados mais frágeis ou suscetíveis ao vírus. A vacina contra a influenza promove imunidade capaz de reduzir o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos. No ano passado, o Rio Grande do Sul ficou com coberturas abaixo da meta na campanha contra a gripe.

Para frear a disseminação do vírus, a estratégia de vacinação foi antecipada neste ano. Em 2023, por exemplo, a campanha nacional começou em 10 de abril, enquanto em 2022 foi aberta em 4 de abril. Por isso, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) orientou os municípios a começarem a aplicação das doses logo que recebessem os lotes – alguns deles já puderam começar a vacinar na última semana, quando foi distribuído o primeiro lote de 480 mil doses. Novos lotes serão recebidos do Ministério da Saúde e distribuídos pela SES aos municípios durante o andamento da campanha, contemplando cerca de cinco milhões de doses para o atendimento à população prioritária.

A estimativa de pessoas a serem vacinadas no Rio Grande do Sul, conforme os grupos prioritários, é de 4.973.674 habitantes. A definição dos grupos elegíveis leva em conta aquela parcela da população com maiores chances de agravamento em caso de infecção pelo vírus ou que estão mais expostas a ele. Entre os grupos, estão as crianças (maiores de seis meses a menores de seis anos), pessoas com mais de 60 anos, pessoas com comorbidades (condições clínicas especiais), gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, entre outros.

A meta da estratégia de vacinação contra a influenza em 2024 é imunizar pelo menos 90% dos seguintes grupos prioritários: crianças, gestantes, puérperas, pessoas com mais de 60 anos e povos indígenas. Como não há estimativa populacional para os demais grupos prioritários, não é possível definir meta de cobertura vacinal para eles. As vacinas usadas na campanha nacional pelo SUS são trivalentes, contando com uma combinação de três tipos (cepas) de vírus influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. O esquema vacinal é em dose única, a não ser para as crianças menores de nove anos que nunca fizeram essa vacina, devendo receber duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.

Os grupos prioritários para a campanha de vacinação contra a gripe influenza e as respectivas estimativas populacionais no Rio Grande do Sul são:

Crianças (a partir dos seis meses a menores de seis anos de idade): 643.582
Pessoas com 60 anos ou mais: 2.193.416
Gestantes: 90.707
Puérperas: 14.911
Povos indígenas: 29.330
Trabalhadores de saúde (em atividades na assistência, vigilância, apoio, cuidadores, doulas/parteiras e estudantes prestando atendimento em serviços de saúde): 453.057
Pessoas com deficiência permanente: 464.688
Adolescentes em medidas socioeducativas: 1.249
População privada de liberdade: 33.699
Funcionários do sistema de privação de liberdade: 6.745
Pessoas com comorbidade: 665.072
Professores: 153.385
Forças armadas: 38.899
Pessoas em situação de rua: 4.128
Forças de segurança e salvamento: 28.178
Caminhoneiros: 128.564
Trabalhadores de transporte coletivo: 29.034
Trabalhadores portuários: 4.051


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