Política
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11 de janeiro de 2024
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14:28

RS encerra 2023 com menor número de crimes contra a vida

Por
Sul 21
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Governador e secretários divulgaram os indicadores nesta quinta-feira (11) | Foto: Maurício Tonetto/Secom
Governador e secretários divulgaram os indicadores nesta quinta-feira (11) | Foto: Maurício Tonetto/Secom

O governo do Estado divulgou nesta quinta-feira (11) os indicadores criminais referentes ao ano de 2023, com destaque para o menor de crimes violentos letais intencionais (CVLI) registrados desde o início da série histórica iniciada desde 2010. Segundo os indicadores, foram registrados 1.981 crimes contra vida, queda de 6,3% em comparação a 2022 e a primeira vez que o Rio Grande do Sul encerra o ano com menos de 2 mil vítimas destes crimes desde 2010.

Os indicadores foram divulgados em coletiva de imprensa concedida pelo governador Eduardo Leite e pelos titulares das secretarias da Segurança Pública, Sandro Caron, e de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana.

Os dados apontam uma tendência de queda nos últimos meses do ano. Em dezembro, o número de homicídios registrados no RS teve queda de 15,8%, enquanto em Porto Alegre a redução foi de 33,3%. Ao longo de todo o ano de 2023, o Estado teve uma queda de 7% nos homicídios, e a Capital, de 23,7%. Já os latrocínios — roubo seguido de morte — tiveram queda de 80% em dezembro — passando de cinco casos em 2022 para um em 2023 — e de 24,5% ao longo do ano, também o menor número da série histórica.

O número de feminicídios — homicídio de mulheres cometido em razão do gênero — também encerrou 2023 em queda, de 21,6%, com um recuo de 75% na Capital. Na avaliação do governo, um dos fatores que contribuíram para a queda foi a implementação de tornozeleiras eletrônicas no âmbito do Programa de Monitoramento do Agressor. Atualmente, 119 denunciados como agressores por vítimas de violência doméstica e familiar estão sendo monitorados.

O governador Eduardo Leite atribuiu o recuo da criminalidade à integração entre as forças de segurança e ao aumento do efetivo policial nos últimos anos. “Ao observarmos a série histórica, vemos cada governo entregando para o seu sucessor menos policiais do que recebeu. Por causa da crise fiscal, o Estado não conseguia nem repor o efetivo que se aposentava. Nos últimos anos, garantimos a reposição anualmente e, no final do governo passado, começamos o processo de incremento desse efetivo. Ainda vamos chamar servidores de alguns concursos que foram feitos e programar novo certame”, afirmou.

Já os secretários destacaram a qualificação de estratégias de combate às organizações criminosas e o enfrentamento ao controle das facções dentro dos presídios.

“Estamos implementando medidas rigorosas contra o crime organizado. Com ações de inteligência, alcançamos apreensões recordes de armas, drogas, carros de luxo e imóveis, além do bloqueio de contas. A asfixia financeira é essencial para reduzir o poder das organizações criminosas, e as forças de segurança têm atuado com integração e inteligência para ampliar os resultados evidenciados nos indicadores”, disse o secretário Sandro Caron.

“O presídio central foi considerado o pior do Brasil, mas conseguimos demoli-lo e teremos um sistema muito mais seguro. O crime tem sido combatido dentro dos presídios, com aquisição de equipamentos como bloqueadores de sinais de telefone, bloqueadores de drones, câmeras corporais para melhor controle do que entra nas unidades e mais revistas e capacitações. Assim, cada vez mais, poderemos garantir que não se cometam crimes de dentro dos presídios”, avaliou Luiz Henrique Viana.

Para além dos crimes contra a vida, os indicadores também apontam redução no número de roubo de veículos — crime que registrou altos índices em anos anteriores. Segundo o governo, houve redução de 18,3% neste crime ante 2022, também atingindo o menor número da série histórica.

Para a redução deste crime, o governo aponta como um dos principais fatores o estabelecimento de uma força tarefa criada para combater a receptação e a comercialização de peças irregulares, além de fiscalizar estabelecimentos credenciados no Detran-RS. Com 131 edições desde 2016, quando foi criada, a operação tirou de circulação mais de 10 mil toneladas de peças e carcaças de veículos sem procedência.


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