Internacional
|
30 de agosto de 2022
|
19:11

Morre último líder soviético Mikhail Gorbachev, aos 91 anos

Gorbatchov. Foto: Dmitry Aleshkovskiy/Wikimedia/CC
Gorbatchov. Foto: Dmitry Aleshkovskiy/Wikimedia/CC

Do Brasil de Fato

O ex-líder soviético, Mikhail Gorbachev, morreu na noite desta terça-feira (30).  A informação foi confirmada pelo Hospital Clínico Central.

“Mikhail Sergeevich Gorbachev morreu esta noite após uma doença grave e prolongada”, declarou o Hospital Clínico Central.

Nascido em 2 de março de 1931, Gorbachev realizou duas das principais reformas de abertura da União Soviética: a Perestroika (reconstrução) e a Glasnost (transparência). Com a reestruturação do bloco, a URSS teve o suas primeiras eleições em 1989, processo pelo qual o líder tornou-se o primeiro – e último – presidente soviético.

Em agosto de 1991, um grupo de líderes soviéticos tentou tirá-lo do cargo, anunciando a criação do Comitê Estatal para Estado de Emergência (GKChP), mas o golpe fracassou.

Gorbachev renunciou ao cargo de presidente em dezembro de 1991, depois que os líderes da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia assinaram o Pacto Belovezhskaya para liquidar a URSS e criar a CEI. Depois de deixar a política, ele criou e dirigiu a Fundação Gorbachev, que estuda os problemas da história da Rússia e do mundo.

Em 1990, o político recebeu o Prêmio Nobel da Paz por ser considerado responsável por terminar a Guerra Fria sem derramamento de sangue.

O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou “profundas condolências” pela morte de Gorbachev e enviará um telegrama para sua família e amigos pela manhã. O comunicado foi do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência RIA Novosti.

A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também comentou a morte do primeiro presidente da URSS.

“Mikhail Gorbachev era um líder respeitado e de autoridade. Ele desempenhou um papel fundamental no fim da Guerra Fria e na queda da Cortina de Ferro. Ele abriu o caminho para uma Europa livre. Não esqueceremos esse legado”, escreveu von der Leyen.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora