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6 de maio de 2024
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17:32

Cidade Baixa e Menino Deus alagam porque casa de bombas precisou ser desligada, diz Melo

Por
Sul 21
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Relatos de choques levaram ao desligamento da rede elétrica e, em consequência da casa de bombas.                                                           Foto: Luciano Lanes / DMAE
Relatos de choques levaram ao desligamento da rede elétrica e, em consequência da casa de bombas. Foto: Luciano Lanes / DMAE

O prefeito Sebastião Melo afirmou, em entrevista coletiva no início da tarde desta segunda-feira (6), que o alagamento que ocorre hoje nos bairros Cidade Baixa e Menino Deus se dá pela necessidade de desligar a energia elétrica e, em consequência, casas de bombas da região. No caso mais recente, que ocasiona o alagamento da Cidade Baixa, a casa de bombas que fica na Rótula das Cuias precisou ser desligada em razão de choques elétricos em pessoas que estavam na água na região.

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“Quero tranquilizar [a população], não rompeu dique, não rompeu muro, já tem alagamento e vai se estender parcialmente até a [Rua] Lima e Silva. Estamos vivendo a maior crise climática que a cidade já passou. Quem mora nos edifícios da Cidade Baixa e Menino Deus, nos andares de cima, não vai ter problema, quem mora no térreo, vai ter”, afirmou o prefeito.

Das 23 casas de bombas de Porto Alegre (que tem apenas quatro funcionando neste momento), cinco ficam na região dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus. Algumas já haviam sido desligadas em razão do risco de atingir painéis elétricos, já que o restante do sistema pode ficar submerso. A de número 16, da Rótula das Cuias, desligada por volta das 11h30 desta segunda, vinha represando a água que se acumula na região central da Capital e que agora avança pelos bairros.

Diretor da CEEE Equatorial no Rio Grande do Sul, Riberto Barbanera afirmou que, atualmente, cerca de 170 mil clientes estão sem luz em Porto Alegre. De acordo com ele, a maioria esmagadora, 165 mil, se dá em razão de desligamentos realizados por questões de segurança, como o que ocorreu hoje.

Questionado sobre o volume de água que deve se acumular nos bairros que enfrentam problemas em razão dos desligamentos mais recentes nas casas de bombas, o engenheiro Marco Faccin, do DMAE, afirmou que, na Cidade Baixa, o acúmulo deve ser maior próximo à Rua João Alfredo, podendo chegar a 1,5 m, diminuindo em direção à Avenida João Pessoa. Já no Menino Deus, o volume maior deve se acumular próximo à Avenida Praia de Belas, onde já haveria 1 m. Caso a casa de bombas 12 precise ser desligada, esse volume pode chegar a 2 m.


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