Movimentos de defesa dos direitos da população LGBTQIA+ e parlamentares participaram na tarde desta quinta-feira (21), no Centro de Porto Alegre, de um ato pedindo justiça para Ana Caroline, jovem lésbica brutalmente assassinada em Maranhãozinho, no interior do Maranhão, no dia 10 de dezembro.
De acordo com a PM do Maranhão, Ana Caroline Sousa Campêlo, 21 anos, teve a pele do rosto, olhos e orelhas arrancados ao ser assassinada. Nenhum suspeito de cometer o crime foi identificado ainda.
O caso gerou uma onda de manifestações pelo Brasil, que pedem agilidade na apuração do crime e denunciam o grande número de casos de lesbofobia e de lesbocídio no País. Segundo o Dossiê sobre o lesbocídio no Brasil, entre 2014 e 2017, houve um aumento de mais de 237% no número de casos. O LESBOCENSO, primeiro censo realizado no Brasil por Redes de representação lésbicas e sapatão, indicou que no Rio Grande do Sul 77,4% das lésbicas já sofreram algum tipo de violência lesbofóbica.
“A morte de Carol abre uma ferida que custará a cicatrizar, ou talvez jamais cicatrize, mas não paralisará nossas ações. Exigimos das autoridades competentes a investigação profunda deste crime horrendo e a punição exemplar de quem esteja nele envolvido”, diz manifesto assinado pelas entidades que convocaram o ato desta quinta-feira (21) em Porto Alegre.
O ato teve concentração na Praça da Alfândega, passou pela Esquina Democrática, para depois se dirigir ao Largo Zumbi dos Palmares pela Av. Borges de Medeiros. Participaram do ato a deputada federal Daiana Santos (PCdoB) e o deputado estadual Matheus Gomes (PSOL).
*Com informações do G1.