Geral
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14 de abril de 2023
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11:58

Melo surpreende e mantém tarifa de ônibus da Capital em R$ 4,80

Por
Luciano Velleda
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Em coletiva de Imprensa no auditório da EPTC, Melo anunciou que manterá a tarifa de ônibus da Capital em R$ 4,80. Foto: Luiza Castro/Sul21
Em coletiva de Imprensa no auditório da EPTC, Melo anunciou que manterá a tarifa de ônibus da Capital em R$ 4,80. Foto: Luiza Castro/Sul21

Depois de avisar os vereadores da base aliada de que a tarifa da passagem de ônibus da Capital seria reajustada, o prefeito Sebastião Melo (MDB) surpreendeu e anunciou que o valor de R$ 4,80 permanece o mesmo por mais um ano. O comunicado foi feito na manhã desta sexta-feira (14), no auditório da EPTC.

Melo explicou que a manutenção da tarifa só será possível porque a Prefeitura irá aumentar o subsídio repassado ao sistema de transporte público. Atualmente, esse valor é de cerca de R$ 120 milhões por ano. O quanto o governo municipal aumentará de repasse ainda não foi anunciado, mas o prefeito adiantou que o custo do quilômetro rodado dos ônibus aumentou em 5% de 2022 para 2023.

A decisão de não reajustar a tarifa de ônibus ainda deve ser aprovada pelo Conselho Municipal de Transporte Urbano (CMTU). Segundo Melo, se a Prefeitura não subsidiasse o transporte público, o valor da passagem hoje seria de R$ 5,50.

Durante o anúncio, Melo explicou que o sistema de transporte público da Capital custa R$ 700 milhões por ano e, deste total, R$ 192 milhões se referem a todas as gratuidades somadas. Ele enfatizou que a isenção da passagem para idosos é o maior custo, representando 44% dentre as gratuidades. Para esses passageiros, o prefeito reclamou não haver ajuda do governo federal, pois a isenção se deve a uma lei federal.

“Isso tá errado”, afirmou. Conforme o prefeito, se o governo federal contribuísse com a manutenção do transporte público, a passagem na Capital poderia cair para R$ 4.

Depois dos idosos, o desconto de 50% na integração dos ônibus (quando o passageiro pega dois ônibus) é o segundo maior valor no cálculo das gratuidades, com 19%, seguido pela isenção dos estudantes, com 16%.


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