Geral
|
23 de março de 2023
|
20:06

Caso Bernardo: Leandro Boldrini é condenado pelo júri a 31 anos e 8 meses de prisão

Por
Sul 21
[email protected]
Leandro Boldrini no primeiro dia de julgamento. Foto: Márcio Daudt/ DICOM/TJRS
Leandro Boldrini no primeiro dia de julgamento. Foto: Márcio Daudt/ DICOM/TJRS

Leandro Boldrini, acusado de ser o mentor intelectual da morte do filho Bernardo Boldrini, em abril  de 2014, foi novamente condenado. A pena total foi de 31 anos e 8 meses de reclusão. A leitura da sentença foi feita pela Juíza Presidente do Tribunal do Júri, Sucilene Engler Audino, no final da tarde desta quinta-feira (23), no Salão do Júri do Foro da Comarca de Três Passos, onde foi realizado o julgamento.

Após quatro dias de trabalhos, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Três Passos chegou a um veredicto e entendeu que o réu é culpado pelo homicídio quadruplamente qualificado e por falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.

Leandro Boldrini acompanhou o primeiro dia de julgamento, mas, na terça-feira, foi solicitado atendimento médico e ele foi dispensado de permanecer em plenário. Hoje pela manhã, a defesa dele comunicou que o réu não estava em condições de ser interrogado e ele retornou ao Presídio de Ijuí, onde permaneceu nos últimos dias.

Bernardo Boldrini tinha 11 anos quando desapareceu, em Três Passos, no dia 04 de abril de 2014. Seu corpo foi encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova vertical em uma propriedade às margens do rio Mico, na cidade vizinha de Frederico Westphalen.

No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos, suspeitos, respectivamente, de serem o mentor intelectual e a executora do crime, com a ajuda da amiga dela, Edelvania Wirganovicz. Dias depois, Evandro Wirganovicz foi preso, suspeito de ser a pessoa que preparou a cova onde o menino foi enterrado.

Em 2019, Leandro foi condenado a 33 anos e 8 meses de prisão (30 anos e 8 meses por homicídio, 2 anos por ocultação de cadáver e 1 ano por falsidade ideológica).

Também foram condenados: Graciele Ugulini (34 anos e 7 meses de reclusão), Edelvania Wirganovicz (22 anos e 10 meses) e Evandro Wirganovicz (9 anos e 6 meses).

No final de 2021, a 1ª Câmara Criminal do TJRS considerou que houve quebra da paridade de armas durante o interrogatório do médico, anulando o seu julgamento.

Leandro Boldrini está preso preventivamente desde 14 de abril de 2014. Graciele Ugulini segue presa e tem previsão para progressão de regime para o semiaberto em 09 de julho de 2026. Edelvania Wirganovicz está atualmente em regime semiaberto. E Evandro Wirganovicz está em regime semiaberto, atualmente em livramento condicional.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora