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11 de agosto de 2021
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10:10

Trabalhadores da Corsan fazem paralisação contra projeto de Eduardo Leite para privatizar empresa

Por
Sul 21
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Trabalhadores da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) realizaram, terça-feira (10), uma paralisação contra o projeto de lei do governador Eduardo Leite (PSDB), enviado no dia 12 de julho em regime de urgência aos deputados estaduais, pedindo autorização para a privatização da empresa que atende 317 dos 497 municípios gaúchos.

O ato começou em frente à sede da empresa, localizada no Centro Histórico de Porto Alegre. Depois, centenas de trabalhadores de diversas regiões do Estado saíram em caminhada até a Praça da Matriz, onde ficam o Palácio Piratini e a Assembleia Legislativa. Na caminhada, carregavam uma faixa com os dizeres: “Os gaúchos não querem que o governo venda a Corsan, o Banrisul e a Procergs”. Os sindicalistas chamaram a atenção da população para a importância da água para a vida e pressionaram os deputados estaduais, para que votem contra o projeto do governador.

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, denunciou os interesses do governo tucano em transformar um bem público em mercadoria. “Saneamento é vida. Vocês (funcionários da Corsan) estão dando uma aula como trabalhadores do serviço público e defensores desse bem público, que é a água. Eduardo Leite faz exatamente a mesma coisa que Bolsonaro: implementa uma política neoliberal que entrega o serviço público aos interesses do setor privado”, disse Cenci.

O presidente do Sindiágua-RS, Arilson Wünsch, fez uma memória da luta histórica da categoria. “Defendemos desde sempre: água é um bem de todos, jamais pode ter um dono. Nossa luta não é pelos funcionários da Corsan e suas famílias, somente, mas também por todo o povo gaúcho que depende dos serviços da Companhia. Por isso, vamos até a Assembleia, para lembrar os deputados dos riscos para a população”, afirmou.

É uma empresa que presta um serviço de excelência na questão da água. O lamentável é que o governador Eduardo Leite no seu ímpeto de ser candidato a Presidente da República quer simplesmente ser livrar de tudo que dá lucro no Estado”, acrescentou Arilson Wünsch.

Ocorreram também paralisações no interior do estado. Em Osório, no Litoral Norte, foi entregue um manifesto contra a privatização da Corsan ao presidente da Câmara de Vereadores, Edi Morais (MDB). Foram registradas mobilizações também nas cidades de Santo Ângelo (Região das Missões), Rio Grande (Zona Sul) e Santa Maria (Região Central).

Com informações da CUT-RS.


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