Economia
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10 de abril de 2024
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14:51

Centrais sindicais rejeitam reajuste de 2,21% no salário mínimo regional do RS

Por
Sul 21
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Reunião entre entidades patronais e sindicais foi realizada na na Secretaria Estadual de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP) | Foto: Divulgação
Reunião entre entidades patronais e sindicais foi realizada na na Secretaria Estadual de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP) | Foto: Divulgação

O Fórum das Centrais Sindicais no Rio Grande do Sul rejeitou nesta terça-feira (9), em reunião realizada na Secretaria Estadual de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP), a proposta apresentada pelas entidades patronais de reajustar o salário mínimo regional em 2,21%. Para as entidades sindicais, a proposta é inaceitável.

Presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor pontuou que a reunião desta terça foi a quarta da Comissão Bipartite nomeada pelo decreto do governador do Estado para tratar do tema e que a proposta patronal ainda está longe do aceitável, tendo em vista que o mínimo regional vem sofrendo grande perda do poder de compra. “De 2019 a 2023 o reajuste do mínimo gaúcho foi de apenas 29,2%, enquanto a cesta básica teve um reajuste de 51,4%”, disse.

Vidor destacou que, no último ano, o salário mínimo nacional teve um reajuste de 8,45% e já há uma previsão para 2025 de um aumento de, no mínimo 2,9% acima da inflação, valor correspondente ao crescimento do PIB de 2023. A reivindicação das centrais é de que o mínimo regional seja reajustado nos mesmos 8,45% para que não haja desvalorização ante o piso nacional.

“O nosso mínimo do RS, que atende mais de 1,3 milhão de trabalhadoras e trabalhadores gaúchos, justamente os que mais precisam, como trabalhadores domésticos, assalariados rurais, motoboys, não pode seguir sendo desvalorizado como está nesses últimos anos”, completou.

Uma nova reunião da comissão está agendada para o próximo dia 23 de abril, mais uma vez tendo a mediação da Secretaria do Trabalho. Caso não haja entendimento, o relatório final das negociações realizadas pelo comitê deverá ser encaminhada ao governador Eduardo Leite até 30 de abril e caberá a ele arbitrar sobre os índices de reajuste. Na sequência, o Executivo formulará um projeto de lei com a proposta de reajuste a ser encaminhada para a Assembleia Legislativa.


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