Donos da Cidade
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6 de novembro de 2023
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15:28

Responsável pelo 1º bairro privado de Porto Alegre ainda não entregou obras de melhoria para a região

Por
Lidiane Blanco
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Central Parque foi lançado pela Rossi em 2012. Foto: Gustavo Bordin/Sul21
Central Parque foi lançado pela Rossi em 2012. Foto: Gustavo Bordin/Sul21

O Central Parque, planejado pela Rossi, é o primeiro bairro privado de Porto Alegre. Lançados em 2012, os quatro condomínios erguidos pela construtora se estendem por duas quadras ao norte da rua São Josemaría Escrivá e às margens da José Albano Volkmer. Rossi Parque Ibirapuera, Rossi Parque Panamby e Rossi Arte Parque, concluídos em 2013; Rossi Estilo e Rossi Business Park, concluídos em 2017 e; Rossi Reserva e Supreme Central Parque (da construtora Melnick), concluídos em 2019.

Localizado no Jardim do Salso, o bairro privativo tem 220 mil m² e é formado por quarteirões comerciais e residenciais. Ao longo dos últimos anos, parte dos loteamentos foram sendo vendidos a outras construtoras. Ao assinar o Termo de Compromisso com a Prefeitura para a construção do empreendimento, a empresa se comprometeu com uma série de obrigações de mitigação e compensação de impacto decorrentes da implantação do bairro, mas inúmeros aditivos no contrato foram repactuando as obras à medida que não eram entregues. As Cartas de Habite-se das quadras do empreendimento, inicialmente atreladas à entrega das obras, acabaram sendo desvinculadas do término total das obras de infraestrutura do projeto.

No ano passado, a Rossi entrou com pedido de recuperação judicial, deixando para trás boa parte dos compromissos por fazer, como a reconstrução da Escola Estadual de Ensino Fundamental Professora Lea Rosa Cecchini, que nunca foi feita.

A Prefeitura, à época, removeu 56 famílias para permitir a construção de uma praça e de uma rua, além de uma bacia de detenção pluvial, para evitar alagamentos na região. As obras também eram parte das obrigações do empreendedor com o Município. A entrega da praça está sendo cobrada judicialmente pelo Ministério Público até hoje. Como não havia conseguido conciliação com os empreendedores, o órgão hipotecou o único imóvel que a Rossi tinha em seu nome no Rio Grande do Sul, encontrado na cidade de Pelotas, zona sul do Estado, até que a empresa pague o que deve ao Município.

A única obrigação cumprida pela construtora foi o Centro Cultural e Esportivo Bom Jesus, aberto à comunidade no final de 2012.


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