Últimas Notícias>Internacional|Noticias
|
13 de outubro de 2011
|
19:00

Plebiscito aponta que 87% dos chilenos querem mudanças no ensino

Por
Sul 21
[email protected]

Da Redação

Apesar de ser considerado sem validade pelo governo chileno, cerca de 500 mil pessoas votaram, na noite desta quarta-feira (12), no plebiscito do Conselho Social da Educação do Chile, realizado no país que perguntou aos eleitores sobre eventuais mudanças no ensino.

Na votação, a população tinha que responder unicamente a quatro questões: se estavam de acordo com um ensino público gratuito e de qualidade; se estavam a favor da desmunicipalização da educação secundária pública, ou seja, de seu retorno às mãos do governo; se concordavam com a eliminação do lucro na educação; e se apoiavam a necessidade de incorporar o plebiscito vinculante como mecanismo para resolver problemas de caráter nacional.

O resultado apontou que 87% dos chilenos querem mudanças no sistema educacional. O presidente do Colégio de Professores (o equivalente ao sindicato nacional dos professores), Jaime Gajardo, disse que a grande maioria dos chilenos quer que os ensinos primário e secundário sejam responsabilidade da União e não dos municípios, como é atualmente. Para Gajardo, os resultados do plebiscito mostram que o governo do presidente Sebastián Piñera deve tomar providências.

A questão do ensino no Chile é alvo de protestos constantes há cerca de cinco meses, com críticas e reivindicações frequentes. Estudantes e professores defendem que o ensino superior seja gratuito. Atualmente, todas as universidades no Chile são privadas. Também há cobranças para ampliar os investimentos nos ensinos básico e fundamental.

Neste cenário, o Colégio de Professores e os estudantes confirmaram uma nova mobilização nacional para os próximos dias 18 e 19 de outubro, na qual se pretende marchar desde quatro pontos distintos de Santiago até a Praça Itália, lugar tradicional de manifestações na capital chilena.

O governo chileno afirmou que não autorizará novas marchas, em uma clara tentativa de relacionar as manifestações com os fatos de violência protagonizados por jovens encapuzados que não estão relacionados diretamente com o movimento estudantil. Seja como for, os estudantes chilenos já disseram que não ficarão de braços cruzados.

Com informações da Telesur e Correio do Brasil


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora