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24 de junho de 2011
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13:38

Protestos contra Piñera mobilizam estudantes e professores no Chile

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Sul 21
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Protestos contra Piñera mobilizam estudantes e professores no Chile
Protestos contra Piñera mobilizam estudantes e professores no Chile
Sebastián Piñera, presidente do Chile
Manifestações expressam descontentamento contra política de educação de Sebastián Piñera | Foto: Divulgação/Governo Chile

Da Redação

Aproximadamente 100 mil chilenos tomaram as ruas de Santiago em protesto por melhores condições na educação pública no Chile nesta quinta-feira. As manifestações expressam o descontentamento por parte de estudantes e professores com as políticas de privatização da educação do governo de Sebastian Piñera.

Os protestos massivos foram realizados em Santiago e em outras cidades chilenas, convocados pela Confederação de Estudantes do Chile (Confech), que reúne todas as universidades tradicionais do país, juntamente com o Colégio de Professores. O presidente do Colégio de Professores, Jaime Gajardo, ressaltou que todos os setores da educação aderiram à paralisação e estão participando das manifestações. Eles exigem mudanças como o fim do lucro, maior equidade e gratuidade de ensino.

Apontado há muito tempo como modelo supostamente bem sucedido do neoliberalismo na região, o Chile sofreu um brutal processo de privatizações nos últimos anos. A educação também aderiu a projetos de privatização e é contra isso que os estudantes e professores chilenos se rebelam agora. Mesmo com as crescentes manifestações, o Ministério da Educação ainda não demosntrou a intenção de dialogar com os professores e estudantes.

Além de Santiago, a cena se repetiu em Valparaíso, Concepción, Temuco, Valdivia, Arica, San Antonio, Chillán e Antofagasta, as mais importantes cidades chilenas. Em Santiago, se realizou um ato central, muito próximo ao Palácio de La Moneda.

Além de protestos por uma educação de qualidade, outras marchas convocadas por ambientalistas também ocorreram no Chile. A população tem participado em peso do rechaço ao projeto que pretende construir hidroelétricas na Patagônia, além do protesto dos estudantes secundaristas realizado na semana passada e que reuniu cerca de 7 mil estudantes.

Para a presidenta da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECH), Camila Vallejos, os movimentos são legitimados pelo número de participantes. “Alguns disseram que o povo não quer manifestações, mas hoje são mais de 100 mil pessoas dizendo que querem se manifestar, sim, que querem participar para recuperar a educação pública e para que o Estado assuma seu papel de garantir o direito à educação”, acrescentou.

Com informações do Página 12 e Carta Maior


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