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24 de setembro de 2010
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03:28

Entidades realizam ato contra golpismo midiático

Por
Sul 21
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(Ivan Trindade/http://sozinhofalando.blogspot.com)Felipe Prestes

Representantes de entidades sindicais, partidos políticos e movimentos sociais realizaram nesta quinta-feira (23) o “Ato contra o golpismo midiático”. O ato foi realizado no auditório Wladimir Herzog do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e teve início por volta das 19h. Segundo relato de Renato Rovai, editor da Revista Fórum e um dos organizadores do evento, centenas de pessoas estiveram presentes no auditório e uma parte fora dele devido à superlotação.

Altamiro Borges, do Centro de Estudos Barão de Itararé – entidade organizadora do ato, leu documento “Pela ampla liberdade de imprensa no Brasil” em que fala sobre as intenções de quem organizou o ato. ”Neste ato, não queremos apenas desmascarar o golpismo midiático, o jogo sujo e pesado de um setor da imprensa brasileira. Queremos também contribuir na luta em defesa da democracia. Esta passa, mais do que nunca, pela democratização dos meios de comunicação”. O texto lembrou ainda que em países como os Estados Unidos “adotam medidas para o setor”. Altamiro Borges propôs também ações concretas: iniciar campanha de solidariedade à revista Carta Capital, “que está sendo alvo de investida recente de intimidação” e deflagrar campanha nacional que apoie a disseminação da banda larga no país.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo José Augusto Camargo também leu nota, intitulada “Em defesa dos jornalistas, da ética e do direito à informação”. “É legítimo – e desejável – que as direções das empresas jornalísticas explicitem suas opções políticas, partidárias e eleitorais. O que é inaceitável é que o façam também fora dos espaços editoriais. Distorcer, selecionar, divulgar opiniões como se fossem fatos não é exercer o jornalismo, mas, sim, manipular o noticiário cotidiano segundo interesses outros que não os de informar com veracidade”, diz trecho do texto.

(Ivan Trindade/http://sozinhofalando.blogspot.com)
Luiza Erundina foi a mais aplaudida no ato público (Ivan Trindade/http://sozinhofalando.blogspot.com)

Participaram da mesa representantes da CUT, CTB, CGTB, Nova Central Sindical, MST, Altercom, Barão de Itararé, Sindicato dos Jornalistas, PDT, PCdoB e PSB. Pelo PSB quem falou foi a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina. A socialista foi “a mais aplaudida da noite”, segundo Renato Rovai, e sua fala fechou evento.  “Eles (veículos de imprensa) não têm mais o controle dos meios de comunicação como tinham antes. A sociedade civil e as entidades democráticas deste país conquistaram e realizaram a I Conferência Nacional de Comunicação Social. A partir daí, não tem mais retrocesso. O controle público terá que acontecer. Eles não são proprietários destes meios. A sociedade é que é proprietária destes meios”, declarou Erundina.


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