O princípio de incêndio registrado em uma subestação de energia da Trensurb foi causado por umidade, conforme laudo feito pela empresa Tecnova na tarde desta sexta-feira (24). A situação ocorreu na subestação São Luís, em Canoas. “Faltou 5 centímetros para a água chegar nos equipamentos, mas o ambiente ficou em 100% de umidade. A umidade penetrou os equipamentos, e, depois de quase 24h da subestação ligada, esse equipamento deu pane”, explica o presidente da Trensurb, Fernando Marroni.
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A Trensurb dispõe do equipamento para substituir o que foi danificado, mas é preciso realizar testes que só podem ser feitos sem chuva, já que a subestação fica ao relento. “É mais uma intercorrência. Esperamos que a chuva pare e que possamos fazer os testes sem comprometer os equipamentos de reserva”, explica Marroni.
Com isso, ficou comprometido o cronograma para estabelecer a operação emergencial da Trensurb, prevista inicialmente para semana que vem. “Se o tempo melhorar, nós vamos tentar compensar o tempo perdido. Mas não se recupera 48h facilmente”, afirma o presidente. “Nós estamos ainda em pleno evento climático, estamos vivendo essa catástrofe. A cada momento é uma surpresa que a gente vai ter que ir superando. Sabemos da necessidade de voltar a operar pelo menos emergencialmente”.
Sem operar desde o dia 3 de maio devido à enchente, a Trensurb vinha preparando uma retomada do serviço entre as estações Mathias Velho, em Canoas, e Novo Hamburgo, no fim da linha. No domingo (19), foi feita uma inspeção na rede aérea e nas subestações da Trensurb, das quais três estavam em condições de funcionamento – uma era a São Luís, onde ocorreu o princípio de incêndio.
Marroni já havia informado ao Sul21 que os equipamentos da Trensurb – tanto os veículos quanto outros maquinários – ficaram resguardados na via elevada de São Leopoldo a Novo Hamburgo durante a enchente. No entanto, houve “perda total” da estação Farrapos até a Mercado.
