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6 de maio de 2016
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14:59

Sul21 recomenda De Amor e de Sombras, O Décimo Homem e as boas continuações

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro

Não é uma semana muito inspirada. Os lançamentos são fracos, merecendo uma, duas ou no máximo três estrelas. Destacamos De Amor e de Sombras, a estreia de Natalie Portman como diretora. É a autobiografia de Amos Oz, um grande livro que recebeu tratamento excessivamente respeitoso por parte da atriz. Outro bom filme também gira sobre temas judaicos. É O Décimo Homem, do diretor argentino Daniel Burman, o qual não mantém o bom nível de suas produções anteriores.

Porém, dentre as continuações, temos dois filmes cinco estrelas — A Juventude e Ave, César — e três com quatro — Truman, Nise — O Coração da Loucura e Eu Sou Carlos Imperial. Ou seja, tem coisa muito boa por aí.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

De Amor e Trevas (***)
(A Tale of Love and Darkness), de Natalie Portman, Israel / EUA, 2015, 98 min

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Filme inspirado no excelente livro homônimo de Amos Oz, marca a estreia de Natalie Portman na realização de longas-metragens, com a atriz a assumindo ainda o cargo de argumentista e protagonista desta ambiciosa obra. A palavra ambição não significa competência e Natalie Portman não parece ter unhas para, ao menos nesta sua fase da carreira, conseguir tocar esta guitarra. O maior elogio que podemos fazer a “A Tale of Love and Darkness” surge com algum veneno: é semelhante à carreira de Natalie Portman como atriz, ou seja, alterna entre o bom, o razoável e o medíocre. “A Tale of Love and Darkness” perde-se em alguns tropeços de iniciante, aliados a uma devoção excessiva de Natalie Portman em relação ao material que tem entre mãos. Só a história e a lembrança do livro fazem com que gostemos do filme. (Com Rick’s Cinema)

No Espaço Itaú 2, às 18h, 10h e 22h
No Guion Center 1, às 14h40
No Guion Center 2, às 15h45 e 19h

O Décimo Homem (***)
(El Rey del Once), de Daniel Burman, Argentina, 2015, 81 min

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Esta comédia dramática produzida na Argentina centra sua trama em Ariel (Alan Sabbagh), que se tornou um bem-sucedido economista de Nova York (EUA), depois de se afastar de seu pai, famoso em seu antigo bairro na Argentina, onde gerencia uma instituição de caridade judaica. Ao receber um pedido do pai, chamado Usher – com quem não esperava se encontrar tão cedo – ele retorna à Once, o antigo e unido bairro judeu de sua infância em Buenos Aires, num reencontro com as tradições que deram origem ao estranhamento. O que se segue é uma comédia de erros, de conexões e pessoas perdidas e achadas e a contemplação sobre a real extensão de poder realmente esquecer o passado. (Do cinemaimeri).
No Espaço Itaú 7, às 13h30, 15h20, 17h10, 19h20 e 21h30
No Cinemark Barra 1, às 16h40 e 21h40
No GNC Moinhos 3, às 15h45, 17h35, 19h30 e 21h20
No Guion Center 2, às 14h, 17h45 e 19h15

Cinema – Em cartaz

Eu Sou Carlos Imperial (****)
de Renato Terra e Ricardo Calil, Brasil, 2015, 90 min

carlos imperial
Figura lendária da cultura brasileira, Carlos Imperial descobriu artistas como Roberto e Erasmo Carlos, Tim Maia, Wilson Simonal e Elis Regina. Compôs clássicos como “A Praça”, “Vem quente que eu estou fervendo”, “Mamãe passou açúcar em mim” e “Nem vem que não tem”. Ainda fez sucesso no teatro, no cinema e na política. Cafajeste, mentiroso e mulherengo assumido, Imperial criava factoides para promover seus lançamentos e conquistar espaço na mídia. Para ser fiel à pilantragem de seu personagem, “Eu Sou Carlos Imperial” mostra sua trajetória misturando verdades e mentiras, ficção e realidade, depoimentos documentais e outros encenados.

No Espaço Itaú 8, às 17h50

O que eu fiz para merecer isso? (***)
(Une Heure de Tranquillité), de Patrice Leconte, França, 2014, 79 min

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Michel compra um álbum de jazz e decide passar uma tarde tranquila em sua casa, ouvindo música. Mas nada vai sair conforme planejado: sua mãe liga para ele sem parar, uma festa no prédio traz uma porção de inconvenientes, um vizinho vem avisar sobre um vazamento, o filho aparece sem ter avisado, e a esposa decide fazer uma revelação bombástica. Por ser um filme francês e legendado, ele se insere no nosso circuito alternativo, mas a narrativa possui o DNA das comédias populares brasileiras com atores globais de sucesso. (Adorocinema).

No Espaço Itaú 4, às 13h30
No Guion Center 3, às 17h30

Nise — O Coração da Loucura (****)
de Roberto Berliner. Brasil, 2015, 108 min

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Aconteceu um milagre, na década de 1950, no Brasil. Os mais importantes museus de arte moderna abriam seus salões para artistas de que nunca se ouvira falar. Muitos críticos assinalaram que essas exposições revelavam pintores que, apesar de desconhecidos, deveriam desde já ser considerados entre os maiores artistas brasileiros. Falou-se que essa explosão inédita de arte e beleza indicava que algo, comparável com a Renascença, poderia estar acontecendo no Rio de Janeiro. Por trás deste milagre não havia nenhuma academia de artes, nenhum mecenas ou marchand. Apenas uma psiquiatra, ridicularizada por seus colegas, e um ateliê de pintura, criado por ela em um hospital psiquiátrico nos subúrbios da cidade. Os artistas eram esquizofrênicos e pobres, internados, alguns há várias décadas, abandonados por suas famílias e desenganados pelos médicos. Este filme conta a história deste “milagre” e da vida dessa psiquiatra rebelde, franzina e cativante: a Dra. Nise da Silveira.

No Espaço Itaú 8, às 13h30, 15h40 e 21h20

Ave, César! (*****)
(Hail, Caesar!), de Ethan e Joel Coen, EUA / Reino Unido, 2015, 95 min

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Apenas os irmãos Coen poderiam conceber uma homenagem desmistificadora à idade de ouro dos grandes estúdios de Hollywood. Mas Ave, César! é mais: é também uma antologia de estilos e gêneros, uma fábula existencialista, uma reflexão irônica sobre as contradições de ideologias e religiões e, ainda assim, ser assimilado como uma comédia agradável e sem substancia com superprodução e elenco espetacular. A mistura de estilos, cores e tramas, a falta de um foco claro faz com que as opiniões sejam polarizadas. O filme é uma improvisação jazzística aparentemente desconexa que pode fazer sentido ou não na mente do espectador. A fórmula do filme é a de ser um paradoxo. É, provavelmente, a comédia menos negra e mais acessível a partir dos cineastas e roteiristas de Fargo. Eles parecem estar brincando com sua identidade como cineastas e com a natureza da fé em um sentido global, não apenas religioso.
https://youtu.be/nGJq4U0ayTc
No Espaço Itaú 1, às 16h30

Truman (****)
de Cesc Gay, Espanha / Argentina, 2015, 106 min

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Em Truman, Ricardo Darín interpreta Julián, um doente terminal de câncer que decide interromper o tratamento diante do agravamento de seu estado de saúde. E, acompanhado pelo melhor amigo, tenta encontrar um novo lar para Truman, seu cachorro. Quando Julián (Ricardo Darín) recebe uma visita inesperada do seu amigo de infância Tomás (Javier Cámara) que vive no Canadá, o encontro é ao mesmo tempo doce e amargo. Este reencontro, depois de vários anos, será também o último. Depois de lhe ser diagnosticado um câncer terminal, Julián decide pôr fim ao tratamento continuado que recebe, para poder concentrar-se em deixar todos os seus assuntos em ordem: a distribuição dos seus bens, as coisas para seu funeral, e acima de tudo, encontrar um lar para o seu mais fiel amigo -– o cão Truman. Entre diálogos repletos de humor e passeios pelas ruas de Madrid visitando livrarias, restaurantes, médicos e veterinários, a relação dos dois amigos vê-se fortalecida, sendo cada vez mais difícil a separação.

No Espaço Itaú 3, às 14h10, 16h40, 19h10 e 21h40
No GNC Moinhos 2, às 13h20, 15h30, 17h40, 19h50 e 22h
No Guion Center 1, às 16h30, 18h30 e 20h30

A Juventude (*****)
(La Giovinezza), de Paolo Sorrentino, Itália/França/Suíça/Grã-Bretanha, 2015, 124 min

A Juventude
Fred (Michael Caine) e Mick (Harvey Keitel) são dois velhos amigos com quase oitenta anos que se encontram a desfrutar de um período de férias num hotel encantador, no sopé dos Alpes. Fred é um maestro e compositor aposentado, sem intenção de voltar à sua carreira musical que abandonou há muito tempo, enquanto Mick é um realizador, que ainda trabalha, empenhado em terminar o roteiro do seu mais recente filme. Ambos sabem que os seus dias estão contados e decidem enfrentar o seu futuro juntos. No entanto, ninguém além deles parece preocupado com o passar do tempo. O filme foi considerado pela crítica o melhor filme europeu de 2015. E Michael Caine, pelo mesmo filme, o melhor ator.

No Guion Center 3, às 15h30 e 20h45
Na Sala Paulo Amorim, às 17h15 e 19h30

Exposições e Artes Plásticas

Xadalu ”Elementos Urbanos”
De 06/05/2016 a 11/06/2016
Centro Cultural Erico Veríssimo CEEE

Conhecido pelas colagens e intervenções urbanas que estampam a figura do indiozinho Xadalu pelo mundo, Dione Martins apresenta uma série de novos trabalhos, realizados especialmente para esta exposição. “Elementos Urbanos” parte de sua imersão pelo espaço das grandes cidades. Como artista visual vinculado à arte urbana (a chamada street art), Dione não só se expressa nas ruas, como também retira delas os elementos que compõem sua produção. No ambiente de Porto Alegre, onde costuma fazer andanças noturnas para realizar seus trabalhos, o artista topa com toda sorte de pessoas e situações. Vêm do contato com a dinâmica desse meio social mais à margem e de seus códigos específicos os motivos do que se apresenta nesta mostra. São obras em linguagem de arte urbana que se valem de técnicas e procedimentos diversos, partindo sempre da observação e das experiências de Dione em seus percursos pela cidade. Nessas rotas de passagem, o artista depara com o cotidiano de marginalização social, ao mesmo tempo em que o olhar se sensibiliza pela dura desigualdade que pauta a vida nos grandes centros. Assim, em “Elementos Urbanos”, Dione dá sequência a uma produção visual que reflete o lado comprometido de seu trabalho, agora ampliando as questões indígenas para outros grupos marginalizados pela sociedade.

Foto: Carol Essan
Foto: Carol Essan

Avalanche, na Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943)
De terça a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 18h
Até 19 de junho

Formada pelos artistas Matheus Walter e Virginia Simone, a Avalanche inaugura a exposição Compacto Simples em 5 de maio, às 19h, na Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943), em Porto Alegre. O título, extraído do universo da música pop, faz referência à maneira que a exposição será montada. Trabalhos realizados em técnicas e suportes distintos serão exibidos em cada uma das salas (ou lados) da galeria. As obras, no entanto, têm na questão da memória um assunto comum. No Lado A, Vídeo da Casa reúne imagens captadas em formato digital, entre 2010 e 2014, que mostram a destruição de um velho sobrado da Rua Santo Antônio, em Porto Alegre. Entre os anos de 2005 e 2012, a casa, também chamada de Avalanche, foi lugar de morada, criação e convívio, além de abrigo para um acervo de roupas e objetos reunidos em anos de pesquisas. “Os anos de ocupação da casa, tingidos de alegria e entusiasmo, contrastam com o aspecto cru da demolição de um imóvel urbano. Vídeo da Casa possui, inevitavelmente, um apelo político passível de discussão em tempos de crise: o debate sobre a especulação imobiliária e suas conseqüências”, considera Matheus. No Lado B, a série Álbuns traz uma coleção de impressos, fotos, desenhos, etiquetas, adesivos, panfletos e recortes, todos materiais de diferentes tempos e espaços reunidos em antigos álbuns de fotografias. O trabalho propõe uma forma de organização e apresentação do que a dupla chama de achados arqueológicos. Os temas são variados e organizados por conteúdo, forma, período histórico ou livre associação: o Álbum da Indústria Fonográfica evoca a produção gráfica de capas de discos e publicações do gênero; o Álbum da Mulher reúne desenhos e imagens femininas de revistas e livros de diversas épocas; o Álbum de Botticelli insere folhas de uma planta medicinal em um livro sobre o pintor renascentista. “Em um típico caso ‘A influencia B’, todo o conceito dos álbuns vem da necessidade de criar obras menores. O motivo é o simples fato de a casa, estrutura gigantesca e misteriosa – pode-se dizer um grande álbum que guardava toda a sorte de objetos -, ter sido destruída e o tamanho do ‘atelier’ drasticamente reduzido”, explica Virginia. Compacto Simples tem visitação até 19 de junho. No dia anterior ao encerramento, sábado, 18, haverá um evento com diversas atividades. Às 17h, os artistas Matheus Walter e Virginia Simone conversarão com o público e com o curador da exposição, Leo Felipe, sobre o processo “arqueológico” de pesquisa. Logo depois, a dupla promove uma performance envolvendo moda e música. Uma publicação referente à exposição será lançada na ocasião. Todas as atividades têm entrada franca.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

3 Exposições no Instituto Estadual de Artes Visuais (IEAVi)
Galeria Augusto Meyer, 3º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ)
Até 22 de maio

Trata-se de “Universo Abstrato”, de Cristina Dall’Igna, na Galeria Augusto Meyer (3º andar); “Novos Olhares – Território Ampliado”, dos alunos do curso de Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais da Feevale, com curadoria de Tom Ferrero, no Espaço Maurício Rosenblatt (3º andar) e “Bambu Aguadas” de Silvio Schuh, na Fotogaleria Virgílio Calegari (7º andar). A visitação segue até 22 de maio de 2016, sempre de terças a sextas, das 9h às 19h e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h, com entrada franca.

Exposição “Universo Abstrato”

Cristina Dall’Igna, com um vocabulário plástico contemporâneo e uma linguagem abstrata própria, faz valer-se de um universo de formas e cores que imprimem sua identidade. Trabalhando o abstrato, a cor é a primeira busca, onde as intervenções cromáticas surgem de sentimentos internos, num jogo de luz e sombra, com várias camadas de tintas em todos os planos de sua pintura.

Em seu processo criativo, utiliza várias técnicas dentro da pintura acrílica: monotipia, textura, colagens, etç. A pintura tem a possibilidade de ser um campo de cor e expressão, ancorada pelo prazer, com a função de transmitir o sutil sentimento do belo interiorizado pela artista. Devido a sua trajetória profissional como educadora física, onde trabalha a consciência corporal, a artista visa ativar, instigar e movimentar o interno de cada um.

A fim de tornar a jornada da vida mais divertida, lúdica e cheia de sentido, ela expressa sua criatividade com liberdade e dinamismo. Revelando a sua maneira de entender o mundo, descobrem-se portais e espaços de transformações dentro de sua obra que transcendem para a verdadeira dimensão da arte.

Exposição ‘Novos Olhares – Território Ampliado’

Com a participação de vinte artistas e do curador, Tom Ferrero, a mostra coletiva aborda temas pertinentes à identidade, corpo e memória em um contexto contemporâneo das artes visuais. O objetivo é ampliar o cenário de artistas emergentes e possibilitar outras perspectivas e fomentos sobre a arte na atualidade, sem perder seu contexto histórico ao longo dos tempos.

Em toda a mostra podemos notar o quanto cada trabalho abriga suas próprias características, porém, todos se relacionam, estabelecendo um grande conjunto de ideias que dialogam e transcendem suas margens territoriais para novas áreas reflexivas, onde o público passa a questionar sobre aquilo que vê e sente. Assim, possibilita a mutação da identidade expositiva, moldando e (des) formando o corpo da galeria e suas obras, instigando o público a partir da composição imagética da mostra.

O projeto é um grande organismo de objetos de fruição, onde todos estão convidados a entrar. Um novo território ampliado no campo das artes que aborda e provoca o pensamento humano fortalecendo novos olhares, isso se reafirma ao formar uma exposição de novos artistas, com outros meios inquietantes de se trabalhar com a arte.

Exposição ‘Bambu Aguadas’

Nascido em Santa Cruz do Sul, em 24 de julho de 1950, Silvio Schuh percebeu o dom pelo desenho e suas alternativas ainda na infância. Sua mãe incentivou a paixão pelas artes. O artista elegeu o óleo sobre tela como técnica preferida e durante anos produziu obras que foram generosamente distribuídas em família.

Jovem, veio estudar em Porto Alegre e percebeu as dificuldades da carreira como artista plástico. Conheceu o desenho técnico, acabou seguindo carreira na profissão, postergando o sonho das artes. Transferido para São Paulo, onde morou por mais de 30 anos, viajou pelo Brasil, conheceu lugares e culturas que lhe marcam profundamente. Construiu suas memórias. Cultivou com carinho o dia que voltaria aos pincéis.

No seu retorno ao Rio Grande do Sul, foi levado ao Atelier Livre da Prefeitura, onde encontrou espaço e ambiente ideal para desenvolver seus sonhos e habilidades. Amigos novos, sensíveis e generosos. As primeiras pinceladas, na sua infância, foram em anil. Voltando aos pincéis, retornou também ao anil da sua infância. Afloraram então os primeiros bambus em aguadas delicadas. Lentamente foi desenvolvendo essa técnica, com materiais e tintas diversas.  Apaixonado pela aquarela e suas mágicas transparências.  Atreve-se nas aguadas sutis, apresentando hoje em nanquim.

Serviço:

Abertura: 19 de abril de 2016 (terça), das 19h às 21h.
Local: Instituto Estadual de Artes Visuais – 3° e 7º andares da Casa de Cultura Mario Quintana/CCMQ (Galeria Augusto Meyer, Espaço Maurício Rosenblatt e Fotogaleria Virgílio Calegari)
Visitação: 20 de abril a 22 de maio de 2016. Terças a sextas, das 9h às 19h e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h.
Contato: Telefone 3216-9913 e e-mail [email protected]
Entrada franca.

Obra de Alana Steiglede Foto: Divulgação
Obra de Alana Steiglede Foto: Divulgação

Exposição de Fernando Ikoma
Galeria de Arte Bublitz, Av. Neusa Brizola, 143
Segundas às sextas-feiras, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 16h
De 16 de abril até 14 de maio de 2016

Pintor, roteirista e desenhista de histórias em quadrinhos brasileiro, o artista inaugura exposição com 20 pinturas que exploram o campo com trabalhadores na colheita de trigo, imagens de crianças e Dom Quixote, num estilo impressionista moderno. Vale destacar que Ikoma é uma das principais referências no Brasil na pintura de trigais. Autodidata, antes de ingressar na pintura trabalhou como diretor de arte em diversas agências de publicidade. Embora seja descendente de japoneses, Ikoma não havia tido contado com os quadrinhos do seu País de origam, popularmente conhecidos como mangás, até conhecer o trabalho de Seto e Keizi. Nos anos 60, fez parte da EDREL, editora fundada por Minami Keizi, onde trabalhou no livro A técnica universal das histórias em quadrinhos. Após sair da EDREL, Ikoma ainda escreveu roteiros para a revista O Judoka da EBAL, para a revista Heróis da TV da Editora Abril e para a editora Grafipar. Em 2008, Ikoma, Yppe Nakashima, Minami Keizi e os irmãos Paulo e Roberto Fukue ganharam o Troféu HQ Mix na categoria Grande Mestre, pela primeira vez o Troféu premiava cinco artistas ao mesmo tempo.

— Exposição Marcel Odenbach – Stille Bewegungen. Movimentos Silenciosos
No MARGS, até 28 de maio, de terças a domingos, das 10h às 19h
— Mostra de vídeos de Marcel Odenbach
Galeria do Goethe-Institut Porto Alegre, até 28 de maio, de segunda a sexta, das 9h às 21h, sábados, das 9h às 13h

Marcel Odenbach. Stille Bewegungen. Movimentos Silenciosos, exposição do Instituto de Relações Exteriores (ifa, Alemanha), apresenta a obra de um dos mais importantes videoartistas alemães através de instalações, vídeos e obras em papel das últimas três décadas. Nascido em 1953, em Colônia, Marcel Odenbach é um pioneiro da videoarte. Seus trabalhos são narrativas complexas criadas por meio de uma técnica de colagem de trechos de produções para cinema e televisão, material de arquivo e imagens feitas por ele mesmo. A edição de imagens públicas e privadas gera enredos que conectam sutilmente a história, num nível superior, com o sentimento do ser humano individual e a biografia do artista.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Sergio Camargo: Luz e Matéria
Fundação Iberê Camargo
De terça a domingo (inclusive feriados), das 12h às 19h (último acesso às 18h30)
Até 12 de junho

A Fundação Iberê Camargo e o Itaú Cultural firmaram uma parceria para trazer ao público mais uma exposição de grande relevância no cenário artístico nacional. Dia 3 de março, a instituição em Porto Alegre inaugura a mostra Sergio Camargo: Luz e Matéria com trabalhos de um dos mais importantes nomes das artes visuais do século XX no Brasil. Com curadoria de Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, a mostra reúne, até 12 de junho, mais de 60 obras de colecionadores privados e do espólio do artista. A exposição é um novo recorte da versão exibida no Itaú Cultural em São Paulo, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, e Porto Alegre é a primeira cidade a recebê-la, após seu encerramento na Capital paulista. Na Fundação, a exposição ocupa dois andares com trabalhos de grande formato e em menor dimensão Sergio Camargo; torres e relevos em formas que jogam com a luz e a sombra, esculpidos em mármore carrara branco ou negro belga, datadas entre as décadas de 1960 e 1980. O conjunto faz uma síntese das sucessivas experiências de Sergio Camargo (1930-1990).
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Música

Concerto da Ospa | Série Igrejas
Dia 10 de maio de 2016, terça-feira, às 20h30
Igreja da Reconciliação (Rua Sr. dos Passos, 220 – Porto Alegre)

A edição de 2016 da Série Igrejas da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre inicia com concerto regido por um dos maestros brasileiros mais destacados na cena musical internacional. No dia 10 de maio, terça-feira, às 20h30, Ricardo Averbach, atual diretor de Orquestras da Miami University, conduz a Ospa em um programa de obras de compositores austríacos: Schubert, Mozart e Haydn. Ricardo foi o único maestro não norte-americano a ser Presidente da College Orchestra Directors Association, a organização dos maestros acadêmicos de todo o mundo. O evento acontece na Igreja da Reconciliação (Rua Senhor dos Passos, 202), com entrada franca. O trompista Israel Oliveira é o solista da noite. O programa inicia com “Abertura Rosamunde”, de Franz Schubert (1797-1828). Na sequência, um dos concertos de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) escritos para trompa ganha destaque: o “Concerto para trompa nº 3”.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Teatro

Espetáculo “A CLASSE” no Palco Giratório
Casa Cultural Tony Petzhold, Av. Cristóvão Colombo, 400
Dias 06, 07, 08, 13, 14, 15 de maio, sempre às 20h, haverá sessões extras nos sábados (07 e 14), às 22h

A Macarenando Dance Concept integra a programação do 11º Palco Giratório Sesc/POA com a 2ª temporada do espetáculo de terror A CLASSE. As apresentações ocorrem nos dias 06, 07, 08, 13, 14, 15 de maio, sempre às 20h, na Casa Cultural Tony Petzhold (Av. Cristóvão Colombo, 400). Haverá sessões extras nos sábados (07 e 14), às 22h. Criado a partir da pesquisa entre dança, máscara e terror, o espetáculo apresenta o universo da morte por meio de um imaginário coreográfico horroroso, como metáfora de terrores sociais contemporâneos. Conforme Avery Gordon: “a assombração é uma via pela qual somos notificados de que aquilo que pensávamos estar suprimido ou ocultado está muito vivo e presente; o passado que reverbera e atua como contemporâneo no presente; os fins que não terminaram; os corpos impropriamente enterrados da história. A morte para falar da vida.”

Foto: Gui Malgarizi
Foto: Gui Malgarizi

William Despedaçado
Nas quartas-feiras de maio (dias 04, 11, 18 e 25), às 12h30 e 19h30 (duas apresentações por quarta-feira)
Estacionamento da FACED/UFRGS (Av. Paulo Gama, sem número, Campus Central da UFRGS)

Nas quartas-feiras do mês de maio, às 12h30 e às 19h30, acontecem no estacionamento da FACED/UFRGS as apresentações gratuitas de “William Despedaçado”, espetáculo cuja dramaturgia é baseada nos seguintes textos de William Shakespeare: “Hamlet”, “Romeu e Julieta”, “Macbeth”, “A Megera Domada” e “Como Gostais”. O espetáculo é uma celebração na qual o público entra em o contato com a obra do dramaturgo inglês através de uma estética pop e urbana – uma festa na rua. O som eletrônico, a dança e as luzes próprias de uma festa de rua se mesclam a um tempo cênico criado pela interação dos atores com os espectadores, constituindo um evento lúdico a partir de recortes das peças de Shakespeare. Os textos de Shakespeare são despedaçados e costurados à pele dos atores. “William Despedaçado” propõe um mashup teatral entre as personagens do bardo e as ânsias sociais dos atores/performers, abordando diversos assuntos pertinentes a serem discutidos na atualidade – questões de gênero, sexualidade, feminismo, disputa de poder, corrupção, aparência e realidade. Os personagens de Ofélia, da peça Hamlet, e de Lady Macbeth, da peça Macbeth, trazem à tona a luta da mulher por sua voz e poder. A personagem de Catarina, de A Megera Domada, coloca em questão a sexualidade e os padrões conjugais. Hamlet vem para falar de corrupção. Romeu e Julieta torna-se uma narrativa sobre um casal de homens que trata da questão de identidade de gênero, do preconceito e da aceitação de todas as formas de amor. A encenação de “William Despedaçado” se desenvolve de forma episódica e permite que o público seja coautor e faça parte da obra, testemunhando e interagindo na festa.

Foto: Thais Andrade
Foto: Thais Andrade

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