Da Redação
A contratação emergencial de 60 professores não é suficiente para resolver o déficit de profissionais da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). A afirmação é da vice-reitora Sita Mara Lopes Sant’Anna, durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa nesta terça.
Segundo a vice-reitora, somente a criação de um plano de carreira e a realização de concurso público para a contratação de 300 docentes resolveria o problema imediato. “O plano de carreira é muito importante para que não percamos profissionais para outras universidades públicas e privadas. O professor não se sente estimulado, pois não existe uma forma de ser promovido. Para que alguns de nossos problemas estruturais sejam resolvidos, é importante que o governo estadual destine os 0,5% do orçamento que é destinado para o ensino superior para a UERGS”, defendeu Sita Mara.
Representando a Associação dos Docentes da UERGS (Aduergs), Arisa Araújo da Luz falou sobre a situação dos professores da universidade. “Precisamos de um plano de carreira antes da realização de concurso público, pois os candidatos precisam saber quais vantagens e como poderão crescer em suas carreiras. Temos esperanças de que este governo, por ser do partido que criou a UERGS, consiga dar dignidade aos professores e à instituição”, declarou.
O deputado Raul Pont (PT) afirmou que propostas de emendas constitucionais já estão em tramitação no Parlamento prevendo a destinação de mais recursos para a UERGS. Maristela Heck, do Comitê de Diálogo Permanente (CODIPE) da Secretaria de Administração e dos Recursos Humanos, afirmou que um grupo composto por vários setores do governo, da universidade e da comunidade foi criado para propor uma saída para UERGS.
Com informações da Assembleia Legislativa.