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31 de maio de 2019
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18:52

Bolsonaro volta a afirmar que irá extinguir a EBC: ‘Está decidida essa questão’

Por
Luís Gomes
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Bolsonaro volta a afirmar que irá extinguir a EBC: ‘Está decidida essa questão’
Bolsonaro volta a afirmar que irá extinguir a EBC: ‘Está decidida essa questão’
Bolsonaro falou sobre a extinção da EBC em programa veiculado nesta quinta | Foto: Alan Santos/PR

Da Redação

Durante a campanha presidencial, o então candidato Jair Bolsonaro (PSL) tinha como uma de suas promessas a extinção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal responsável pela Agência Brasil, a TV Brasil, a NBR e outros órgãos de comunicação públicos ligados ao governo federal. Agora presidente, em entrevista concedida ao programa The Noite, da TV Bandeirantes, que foi ao ar na noite de quinta-feira (30), ele afirmou que a extinção ou a privatização da empresa segue nos seus planos.

“Está decidida essa questão. Salim Mattar está tratando do assunto. Agora você pode ver mais de 80% dos funcionários são concursados, o que fazer com este pessoal? É um número enorme de concursados, que partiu para essa linha no passado por interesses do governos anteriores”, disse.

Contudo, o próprio Bolsonaro ressaltou que a EBC conta atualmente com dois mil servidores concursados que não podem ser demitidos ou exonerados e que precisarão ser deslocados para outras áreas do serviço público federal. Ele disse que a ideia não é “fazer nenhuma maldade” com os concursados, mas que a extinção continua nos planos do governo ainda assim. Para o presidente, o trabalho prestado pela empresa pode ser reduzido a um “pequeno núcleo” na Secretaria de Comunicação para atender demandas como “convocação em rede nacional, uma viagem, umas imagens e isso daí”.

Em entrevista ao jornal O Globo em janeiro, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, que é o responsável pela comunicação do governo, havia defendido a ideia de que a estrutura da EBC seria aproveitada, ainda que devesse passar por uma racionalização. Em abril, o governo promoveu a unificação da TV Brasil, emissora pública não ligada diretamente ao governo federal, com a NBR, responsável pela cobertura de ações governamentais. Medida que foi questionada juridicamente pelo Ministério Público Federal e por deputados federais.


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