Da Redação
Depois de recuar em relação ao projeto de lei que promove a produção, distribuição, venda e consumo da maconha, ao pedir aos parlamentares para que freassem sua tramitação a fim de que pudesse ser debatido por mais tempo pela sociedade, o presidente do Uruguai, José Mujica, publicou uma nota defendendo a proposta. O objetivo é aumentar o apoio popular do projeto antes dele ser aprovada pelo Parlamento.
“Nas últimas décadas, o pior flagelo para a América Latina foi o crescimento constante do narcotráfico, pelo seu caráter de alto risco e lucro atrativo”, explicou Mujica, no comunicado intitulado “Uma Lei contra o narcotráfico” publicado no site da Presidência do país.
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No texto, Mujica ainda lembrou como a corrupção policial ameaça aos agentes que tentam combater esse tipo de crime e as mortes provocados pelo narcotráfico. “Usam as prisões como quartéis de organização e comando a distância”, ressaltou.
“É por isso, que nos propomos a tirar o mercado da maconha da ação clandestina e tratar a dependência severa como uma doença perigosa”, afirmou Mujica.
Mujica também lembra que, no Uruguai, “existem mercados de viciados”, complementando um de cada três presos no país está detido por delitos relacionados com as drogas. Segundo números oficiais, no Uruguai, há 9,5 mil reclusos, em uma população de 3,3 milhões de habitantes.
Com informações do Opera Mundi