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7 de janeiro de 2021
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14:08

EUA: Após invasão ao Capitólio, Congresso certifica eleição de Biden

Por
Sul 21
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EUA: Após invasão ao Capitólio, Congresso certifica eleição de Biden
EUA: Após invasão ao Capitólio, Congresso certifica eleição de Biden
Joe Biden e Kamala Harris serão empossados no dia 20 de janeiro. (Foto: Divulgação/Joe Biden)

Opera Mundi

O Congresso norte-americano certificou na madrugada desta quinta-feira (07/01) a eleição do presidente eleito Joe Biden e da vice eleita, Kamala Harris. A decisão veio com a retomada da sessão de certificação após a invasão do Capitólio por apoiadores do presidente Donald Trump, ato que deixou ao menos uma pessoa morta.

Os parlamentares rejeitaram duas objeções aos resultados reportados pelos Estados: a primeira, em relação aos delegados do Arizona, cuja discussão teve que ser interrompida com a invasão ao prédio; a segunda, em relação aos da Pensilvânia.

Durante a sessão de certificação, se um deputado e um senador apresentarem uma objeção aos resultados de determinado Estado, Câmara (de maioria democrata) e Senado (de maioria republicana) se reúnem para discutir o assunto. Os delegados só são descartados se as duas Casas assim o aprovarem.

No Senado, apesar de alguns parlamentares terem dito que haviam desistido de apresentar objeções, outros o fizeram – como o senador republicano Ted Cruz, do Texas.

No entanto, tanto no caso do Arizona, como no da Pensilvânia, Senado e Câmara rejeitaram as objeções, inclusive com votos republicanos a favor da derrubada das questões.

Dessa maneira, Biden e Harris agora podem oficialmente tomar posse no dia 20 de janeiro.

Com a volta da sessão, que foi reiniciada às 22h no Senado e às 23h na Câmara, seguiu-se uma série de discursos condenando a invasão ao prédio. Diversos parlamentares ligaram Trump ao movimento – o presidente chegou a dizer, durante a tarde, que marcharia junto com os manifestantes rumo ao Capitólio, o que acabou não fazendo.

Lockdown

Por conta dos protestos, o prédio entrou em lockdown e os parlamentares foram evacuados.

Nas primeiras horas da tarde, centenas de manifestantes já se concentravam em frente ao Congresso para participar do ato convocado por apoiadores de Trump e pelo próprio presidente.

O republicano chegou a discursar aos manifestantes e convocou “uma marcha” até o Congresso para, segundo Trump, “encorajar” senadores e deputados a rejeitarem a vitória de Biden nas eleições.

Minutos depois, os participantes do ato se dirigiram ao Capitólio e as primeiras invasões foram registradas. Pessoas quebraram vidraças e portas para entrar no prédio.

O Senado anunciou a suspensão da sessão e deputados e senadores começaram a ser evacuados do local utilizando máscaras de gás.

A prefeitura de Washington D.C. decretou um toque de recolher a partir das 18h locais (20h de Brasília) para tentar conter os manifestantes. Batalhões da Guarda Nacional também foram convocados.

Trump, que havia dito que o vice-presidente e chefe do Congresso, Mike Pence, “não teve coragem” de rejeitar a vitória de Biden, demorou a se pronunciar sobre a invasão e, quando o fez, não condenou o ato, mas pediu para que todos que estivessem no Capitólio permanecessem pacíficos.

Invasores chegaram, por algumas horas, a ocupar o Senado e gabinete de alguns parlamentares, inclusive da própria presidente da Câmara, Nancy Pelosi.

Pence foi um dos primeiros membros do governo Trump a condenar a invasão, seguido por Mike Pompeo, secretário de Estado. Diversos senadores e deputados republicanos também criticaram o episódio.


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