Opinião
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14 de setembro de 2022
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07:28

Mataram mais um irmão (por Roberto Liebgott)

Vitorino Sanches, assassinado no dia 13 de setembro (Reprodução/Facebook)
Vitorino Sanches, assassinado no dia 13 de setembro (Reprodução/Facebook)

Roberto Liebgott (*)

Mataram mais um irmão e eles, os inimigos, assassinam sem cessar, obrigando a Mãe Terra a chorar a dor, o sangue derramado e acolher, no seu útero, os corpos brutalizados.

Mataram mais um irmão, o emboscaram porque era lutador, estava ao lado de seu povo, Guarani Kaiowá, exigindo a demarcação e o fim das invasões.

Mataram mais um irmão, foram tantos nestes tempos, não há nem como contá-los, mas os assassinos seguem livres, protegidos e liberalizados para tocaiar.

Mataram mais um irmão em meio às disputas eleitorais e, mesmo nesse ambiente, os inimigos não dormem, eles seguem seus intentos genocidas, mas e os outros, até quando o silêncio cúmplice perdurará?

Mataram mais um irmão hoje e no dia de amanhã serão outras vítimas, mas os mesmos mandantes, pistoleiros e milicianos permanecem à espreita, em aliança com os poderosos de ontem, de agora e do futuro.

Mataram mais um irmão e tudo permanecerá como antes?

Solidariedade ao Povo Guarani Kaiowá que, no dia 13 de setembro de 2022, perdeu mais um de seus filhos, Vitorino Sanches, assassinado por pistoleiros em Amambai, MS.

(*) Cimi Sul – Equipe Porto Alegre

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21

 


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