Opinião
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7 de fevereiro de 2022
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10:38

Sete de fevereiro, dia de Sepé Tiaraju (por Roberto Liebgott)

Povo guarani reunido no 10º encontro Sepé Tiaraju, realizado em 2016, em São Gabriel. (Foto: Comunicação Kuery -Coletivo de Comunicação Mbyá-Guarani/ Divulgação)
Povo guarani reunido no 10º encontro Sepé Tiaraju, realizado em 2016, em São Gabriel. (Foto: Comunicação Kuery -Coletivo de Comunicação Mbyá-Guarani/ Divulgação)

Roberto Liebgott (*)

Dia de Sepé Tiaraju.

Guerreiro de luz,

clarão das manhãs,

luar das madrugadas,

guerreiro-Xondaro- das memórias que não se esgotam.

Sepé dos sete, setenta, setecentos, de todos os povos originários. Sepé da Terra Sem Males, do Bem Viver, do bem querer e da resistência que não finda.

Sepé dos Mbya, dos Kaiowá, dos Avá Guarani. Um cacique sem trono, herói sem pátria gentil. Líder do chão a ser protegido, de um território que deveria ser livre, sempre amado e sagrado.

Sepé das batalhas passadas, atuais e futuras, das lutas que não cessaram, contra o genocídio, o ecocídio e a dizimação.

Sepé sempre a irradiar coragem, pois está lá nas beiras das estradas, nos acampamentos,

entre cercas, asfaltos e áreas degradas.Tornou-se perene junto aos seus que não pararam de retomar a Mãe Terra.

Sepé que ensina a sermos fortes, corajosos, persistentes e compromissados.

Que ajuda a esperançar diante da morte que se mostra, a cada dia, mais cruel e perversa pelas mãos dos covardes.

Salve, salve fachos do Sol e da Lua ! Salve, salve encanto de luz!

Salve, salve Sepé do bravo grito: Alto lá! Esta terra tem dono!

Sepé Tiaraju, presente!

(*) Cimi Sul-Equipe Porto Alegre

***

As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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