Nesta segunda-feira (06), a executiva municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Porto Alegre voltou atrás na decisão que aceitava o pedido de impugnação da filiação de Marcelo Sgarbossa, que tinha sido acatado na terça-feira (31). Segundo suplente nas eleições para a Câmara de Vereadores em 2020, Sgarbossa trocou o PT pelo PV em 2022 e decidiu retornar ao Partido dos Trabalhadores no início deste ano.
No dia 1º, o político tomou posse como vereador. O pedido de impugnação havia sido formalizado pelos filiados Everton Gimenis e Adeli Sell, que ficou na quarta suplência e assumiria uma cadeira na Câmara no caso de a Justiça Eleitoral entender que a cadeira pertence ao partido, e não ao suplente.
Procurada pela reportagem, a executiva do partido relatou que a decisão de suspender a impugnação surgiu a partir de um requerimento de direito de defesa do vereador já empossado. “Nós fomos alertados pela nossa advogada que, de fato, houve esse equívoco no procedimento do encaminhamento dado na reunião onde se votou o pedido de impugnação. Por conta disso nós anulamos essa parte dessa decisão, garantindo agora o processo novamente, a abertura dos prazos, para que tanto o Marcelo possa se manifestar com direito à defesa quanto também a executiva possa ouvir novamente o pedido de impugnação pelo Adeli e pelo Gimenis”, disse a presidente da executiva, Maria Celeste. Após a audiência das partes, a executiva deve discutir e votar novamente, com previsão de uma decisão já na próxima semana, segundo a presidente.
Ao Sul21, Sgarbossa disse que parabeniza a executiva do PT de Porto Alegre por ter reconsiderado a decisão anterior. “Antes eu não tinha tido essa possibilidade de fazer minha defesa”, completou.
Em postagem no Instagram, o vereador disse que a sua ida ao PV foi combinada com o PT para “ajudar a trazer o Partido Verde para a Federação e viabilizar o apoio ao então do pré-candidato Edegar Pretto, ajudando o PT a sair do isolamento que estava em fevereiro de 2022”.
A postagem é acompanhada de um vídeo que traz falas de integrantes do PT, incluindo Edegar Pretto, durante a cerimônia de filiação de Sgarbossa ao PV em 2022. Sgarbossa diz que considera que sua missão já foi cumprida e que decidiu voltar ao PT em respeito os votos de seus eleitores em 2020, que votaram nele como petista e por entender que o mandato é do partido.
“Me filiei ao PT em junho de 2005, meu único partido, quando estourou o “mensalão”. Sai do PT para ajudar o Edegar num momento em que as pesquisas davam vitória ao Lula no primeiro turno”, disse.
Ver essa foto no Instagram
