Pela terceira vez neste mês de julho, manifestantes foram às ruas de Porto Alegre, na tarde deste sábado (24), pedir novamente pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Integrando a mobilização nacional contra o governo Bolsonaro, chamada de #24J, o ato na Capital reuniu dezenas de milhares de pessoas que, além de ‘Fora Bolsonaro’, também defenderam avanços na vacinação contra a covid-19 e medidas para mitigar a fome no país, como o pagamento de auxílio emergencial de R$ 600,00. O ato unificado também teve manifestações contrárias a reforma administrativa e aos projetos de venda de empresas públicas, promovidos pelo governo federal.
Convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, a mobilização reuniu representantes de sindicatos, partidos políticos, movimentos sociais, entidades da sociedade civil e milhares de pessoas que foram se manifestar individualmente contra o atual presidente. As estimativas dos organizadores sobre a participação de público é de cerca de 80 mil pessoas.
Como medidas de segurança sanitária, a organização do ato adotou e incentivou o uso de máscaras pelos manifestantes e um distanciamento mínimo durante a caminhada. Assim como nos atos anteriores, a orientação dos organizadores era manter distância mínima de 1,5 metro dos outros manifestantes, usar álcool em gel 70º e usar máscara o tempo todo, preferencialmente as de modelo PFF2.
O ato, que começou com concentração no Largo Glênio Peres, teve uma caminhada que seguiu pelas ruas centrais da Capital até o Largo Zumbi dos Palmares, onde foi encerrado. Durante a caminhada, os manifestantes receberam apoio de moradores pelas ruas em que o ato passava.
Na manifestação, ocorreram também intervenções artísticas, como uma performance que apresentava os dizeres da bandeira do Brasil trocados para “é preciso estancar essa sangria”, ironizando a frase dita durante conversas gravadas de senadores em 2016. Ocorreu também uma intervenção artística de um açougueiro “carregando o gado” durante a caminhada pelas ruas centrais da Capital.
Além das pautas de caráter nacionais, um grupo também se manifestou com reivindicações internacionais, pedindo o fim do bloqueio comercial, econômico e financeiro promovidos pelos Estados Unidos a Cuba.
