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23 de maio de 2024
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14:32

Bairros alagam depressa e diretor do Dmae diz que chove ‘além do que os modelos previam’

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Sul 21
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Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Em meio à chuva forte que voltou a cair em Porto Alegre nesta quinta-feira (23), bairros que já estavam mais secos, e onde os moradores e comerciantes haviam passado os últimos dias em processo de limpeza, como Menino Deus e Cidade Baixa, voltaram a alagar rapidamente.

Em vídeo divulgado no início da tarde, o diretor-presidente do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss, afirma que “a chuva tem se intensificado em Porto Alegre nas últimas horas além do que os modelos previam” e que as equipes do departamento trabalham para ampliar o bombeamento das casas de bombas 12, 13 e 16 que contemplam os bairros Menino Deus e Cidade Baixa.

O Dmae informa ainda que áreas que já tinham sido alagadas permanecem em atenção e solicita que a população desses bairros, principalmente moradores de apartamentos térreos, monitorem a situação e, em caso de necessidade, busquem abrigo em local seguro.

Apesar da declaração do presidente do Dmae, a própria Defesa Civil estadual alertou, ainda na terça-feira (21), para a previsão de chuvas intensas no estado. O Instituto Nacional de Meteorologia também emitiu alerta semelhante.

A reportagem da Agência Brasil registrou a saída de moradores e trabalhadores do comércio na altura do cruzamento das ruas Grão-Pará e José de Alencar, cuja água alcançava a altura do joelho pela manhã.

“Eu cheguei às 7h30 na loja, na altura da Rua José de Alencar, 187, na loja que a gente trabalhava. Estava normal, não tinha nada, mas conforme vai chovendo, três bueiros entupidos jogaram água para fora”, relata Leandro da Rosa.

 

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Ele aguardou o resgate na loja para poder sair da rua. Em um prédio próximo, policiais da Brigada Militar resgataram uma idosa de seu apartamento.

Em outra parte do bairro, na Rua Coronel André Belo próximo da Rua Múcio Teixeira, Tatiara da Silva e Gislaine Barbosa estavam saindo da casa onde moram por temor de nova inundação. “Agora que a gente estava começando tudo de novo, temos que sair. As bombas não estão funcionando. Vamos sair, a gente não vai ficar para esperar, porque da outra vez, não avisaram”, afirmou Tatiara.

No maior desastre climático do estado, mais de 647 mil gaúchos ainda estão fora de suas residências, vivendo em abrigos, na casa de amigos e parentes ou em acampamentos à beira de rodovias do estado. Apesar do número de pessoas em abrigos estar diminuindo, ainda são 65.762 desabrigados nesses 805 locais, como quadras, salões e abrigos. O estado também registra 581.643 desalojados. De acordo com o último boletim da Defesa Civil do estado, o número de óbitos subiu para 163 e 72 pessoas continuam desaparecidas.

Com informações da Agência Brasil


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