O Coletivo Preserva Redenção protocolou junto à Prefeitura de Porto Alegre e à Câmara de Vereadores pedidos de adiamento das audiências públicas marcadas para esta semana com o intuito de debater as concessões dos parques da Redenção e Marinha do Brasil, do trecho 3 da orla do Guaíba e do calçadão do Lami à iniciativa privada.
Leia mais:
Prefeitura justifica concessão da Redenção em razão do vandalismo e confirma estacionamento
Prefeitura quer privatizar gestão do Marinha e Redenção, que terá estacionamento para 577 vagas
O coletivo, formado por indivíduos e entidades de diversas áreas da sociedade civil da Capital, argumenta que há confusão e falta de informações a respeito da finalidade e sobre os temas que serão discutidos nas audiências, marcadas para 17 e 18 de novembro. “O cidadão(ã) que lá [no site da Câmara] busca informações a este respeito, não as encontra”, diz o coletivo em nota.
Também apresenta como justificativa para o adiamento o fato de que as audiências estão marcadas para ocorrer antes do prazo final da Consulta Pública sobre as concessões, que se encerra no dia 24. “Portanto, o relatório da Consulta Pública, essencial para o aferimento do engajamento da população ao projeto de concessões e ao debate durante as audiências, não estará disponível, o que empobrece em grande monta o entendimento pleno da vontade popular ali posta”, diz a nota.
O último motivo elencado para o adiamento é o fato de que as audiências ocorrem nas mesmas datas da 6ª Conferência Municipal do Meio Ambiente (17 à 19/11), o que impossibilita que contribuições para o tema das concessões que possam ser discutidas na conferência sejam levadas às audiências.
“Diante do exposto, o Coletivo Preserva Redenção cumpre, dentro de um campo de ação limitado, com o seu papel de reunir a vontade cidadã de oposição convicta à concessão do Parque da Redenção à iniciativa privada, e reafirma a defesa de uma Redenção Pública, com acesso universal, irrestrito e totalmente gratuita”, finaliza a nota do coletivo.
A ideia da Prefeitura é conceder a gestão e a manutenção da Redenção, juntamente com a do Lami, em troca da possibilidade de construção de um estacionamento subterrâneo com 577 vagas junto ao Auditório Araújo Viana, que teria o objetivo de garantir a viabilidade financeira da concessão.