Educação
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21 de dezembro de 2023
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14:56

Servidores da UFRGS, UFCSPA e do IFRS aprovam estado de greve

Por
Sul 21
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Foto: Guilherme Santos/Sul21
Foto: Guilherme Santos/Sul21

O Sindicato dos Técnico-Administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assufrgs) aprovou estado de greve em assembleia geral da categoria, realizada na terça-feira (19). A decisão foi tomada após o governo federal anunciar que não haverá reajustes salarias para os servidores em 2024.

O estado de greve funciona como uma espécie de aviso aos reitores e ao governo de que a categoria está prestes a entrar em greve, faltando apenas uma aprovação futura em assembleia.

Servidores reunidos na terça-feira classificaram a proposta apresentada pelo governo como insuficiente e desrespeitosa. Ao propor apenas reajuste nos auxílios, o governo Lula está “rifando os aposentados e pensionistas da categoria”, defenderam os presentes no encontro.

“Na realidade a proposta está muito aquém do que pedimos. Ela não equipara nossos auxílios com os outros poderes. Não favorece aposentados. Não traz nada de avanço no salário base… então não contempla nenhuma das nossas reivindicações. Sobre a carreira, foi falado que não há valor suficiente para alterar a carreira. O ano vai iniciar com nosso salário defasado e nossa carreira, que completou 18 anos desde a sua criação, estagnada. Já houve diversas mudanças de relação de trabalho: como o teletrabalho e a implementação do ponto eletrônico. Passamos por duas reformas da previdência e uma trabalhista. Estamos correndo o risco de uma eminente reforma administrativa, então somente a ampliação da luta para mudar a nossa realidade” ressaltou a coordenadora da Assufrgs, Maristela Piedade.

Na 6ª rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente, entre o governo federal e os servidores públicos federais, ocorrida na segunda-feira (18), o governo apresentou uma proposta para o próximo ano: elevar o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil; a contrapartida dos planos de saúde de R$ 144 para R$ 215; e o reajuste do auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90. Os valores passariam a valer a partir de maio de 2024. O governo indicou ainda a possibilidade de 9% de reajuste, dividido em duas parcelas de 4,5%, em 2025 e 2026, mas sem garantias, conforme a possibilidade orçamentária futura.

A proposta, entretanto, ainda não foi formalizada em ofício. Sindicatos de diferentes universidades e institutos federais do país estão realizando assembleias nesta semana para tirar a sua posição sobre o retorno do governo. A decisão das assembleias locais será repassada à federação (Fasubra), para que junto a demais entidades sindicais de outras categorias do funcionalismo, decidam ou não aceitar a proposta, assim que formalizada.


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