Alunos de diversas escolas de Porto Alegre realizaram nesta sexta-feira (11) um protesto para marcar o Dia do Estudante. A principal reivindicação dos jovens foi a revogação do Novo Ensino Médio, cuja implementação está suspensa e em revisão pelo Ministério da Educação.
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Os estudantes também protestaram contra a situação do transporte público, como o recente aumento na tarifa do transporte intermunicipal e a dificuldade de obtenção de gratuidades no Tri Escolar. Citando dados obtidos junto à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) em maio, destacaram que, em 2019, no início da gestão do prefeito Sebastião Melo (MDB), eram 101.015 estudantes que utilizavam o cartão TRI, número que caiu para apenas 23.256 em 2022, o que representa uma redução de 77%.
Além disso, criticaram o recente aumento na passagem de ônibus coletivo intermunicipal comum da Região Metropolitana, que registrou alta de até 24,09% nas modalidades direto, semidireto, executivo e seletivo.
A manifestação iniciou por volta das 9h, em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos, no bairro Santana. Também participaram estudantes das escolas Inácio Montanha, Emilio Massot, Parobé e Ernesto Dornelles.
Portando faixas e entoando palavras de ordem, o grupo realizou uma caminhada pelas ruas do Centro da Capital para reforçar a denúncia contra o que consideram ser retrocessos nas políticas públicas que prejudicam a vida do estudante.
“A reforma do Ensino Médio foi aprovada pelo governo Temer, em 2016, e implantada pelo governo de Bolsonaro em 2022, e agora o Lula quer maquiar. Então, a gente está nas ruas para dizer ao presidente que, se ele manter o Novo Ensino Médio, será um estelionato eleitoral”, diz Matheus Vicente, do movimento Ocupe.
Para a representante do Grêmio Estudantil do Inácio Montanha, Carla Monteiro, a manifestação é um recado da juventude para os gestores públicos. “O Novo Ensino Médio quer que não tenhamos controle de nosso próprio futuro. Esse modelo não contou com o voto do estudante e é um sistema que não condiz com a realidade. Queremos que a nossa voz seja ouvida para mudarmos isso, e gritamos bem alto para nosso governantes e o prefeito Melo”, afirma.
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